Aos 16 anos, após uma infância marcada por traumas e vulnerabilidades, Gleiciane Galvão Ambrosio ingeriu soda cáustica em um gesto desesperado que deixou sequelas profundas. Ela perdeu parte da língua e teve garganta, esôfago e traqueia comprometidos. Durante três anos, permaneceu em estado vegetativo, sem falar, sem se mover e sobrevivendo apenas com sondas e aparelhos. Foi a coragem da mãe de Gleiciane que abriu um caminho de esperança. Determinada a buscar ajuda, ela levou uma foto da filha a um programa de televisão em Manaus (AM), cidade onde a família vive. A imagem chegou ao médico Arteiro Menezes, que reconheceu a gravidade do caso, mas também os limites do sistema local para tratá-la.