Projeto será custeado com recursos provenientes de compensação ambiental.
O Parque Ecológico Riacho Fundo, administrado pelo Instituto Brasília Ambiental, vai passar a contar, em breve, com um sistema de iluminação. A Câmara de Compensação Ambiental e Florestal da autarquia aprovou, na sua última reunião, o direcionamento de recursos iniciais na ordem de R$ 722 mil de compensação ambiental para esse fim. O projeto de iluminação foi elaborado pela Companhia de Energética de Brasília (CEB).
“O parque é um espaço que a população deve usar para lazer, cultura, contato com a natureza, enfim, atividades que proporcionem qualidade de vida”André Mendonça, diretor de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental
O recurso de compensação, por conta da Terracap, será do empreendimento de implantação do próprio Riacho Fundo II, etapas I, II e III. O chefe da Unidade de Compensação Ambiental e Florestal (Ucaf) do instituto, Wiliam Alves do Nascimento, ressalta que a compensação está prevista no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), responsável pela publicação de algumas regras para a utilização de recursos dessa natureza. “Essa destinação se enquadra no fato de a UC estar dentro da mesma bacia hidrográfica do empreendimento que causou a compensação”, explica.
Nascimento esclarece ainda que o recurso de compensação ambiental existe para viabilizar a gestão e manutenção dos parques. O Riacho Fundo, informa ele, já tem aparelhamento público, contando com proteção e segurança garantida por vigilantes – condições que, somadas à iluminação, permitem à unidade funcionar no período noturno.
Área segura
Para a superintendente de Unidades de Conservação, Recursos Hídricos e Biodiversidade do Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, os maiores ganhos dessa iniciativa são a segurança e o conforto que a iluminação vai proporcionar ao parque. “Existem muitas pessoas que querem utilizar a coopervia depois do trabalho; e, a partir da implantação do sistema de iluminação, poderão fazê-lo seguramente”.
A gestora lembra que essa utilização em maior tempo do parque vai estimular a sensação de pertencimento na comunidade. “Isso fará com que os frequentadores nos ajudem a cuidar do parque, que é e sempre será uma unidade de conservação, uma área protegida por ter atributos ambientais relevantes”, ressalta.
O diretor de Unidades de Conservação do instituto, André Mendonça, esclarece que, posteriormente, o custo do uso da iluminação do parque será incluído no custo de manutenção de iluminação pública, a exemplo dos outros parques. “O parque é um espaço que a população deve usar para lazer, cultura, contato com a natureza, enfim, atividades que proporcionem qualidade de vida”, lembra.
Parceria
480 hectaresÁrea do Parque Ecológico Riacho Fundo
A administradora do Riacho Fundo, Ana Lúcia Melo, reforça que essa conquista vem ao encontro dos anseios da população local e resulta de um esforço conjunto. “A iluminação é uma solicitação de mais de 20 anos da população e, graças aos esforços do Brasília Ambiental, Terracap, dessa administração e do governador Ibaneis Rocha, vai se tornar realidade”, afirma. “Estamos juntos por um Riacho cada vez melhor”.
O Parque Ecológico Riacho Fundo foi criado pelo Decreto-lei nº 1.705/97 com o objetivo de garantir a diversidade biológica da fauna e flora locais, preservando o patrimônio genético e a qualidade dos recursos hídricos disponíveis. A UC abrange uma área de 480 hectares e recebe uma média mensal de 6,4 mil visitantes, possuindo estrutura de educação ambiental com sala de aula, galpão coberto e trilha ecológica.
Parte do ribeirão Riacho Fundo – incluídas as nascentes – está situada no interior do parque, que engloba uma área de grande extensão de mata, vegetação nativa de cerrado, pastos e bosques de espécies exóticas. O local está aberto à comunidade das 8h às 12h e das 13h30 às 17h, com entrada franca.
*Com informações da Agência Brasília / Brasília Ambiental.