Único do Distrito Federal, o espaço vai dobrar o número de mudas produzidas na unidade, passando de 15 mil para 30 mil por semestre.
Com uma estrutura moderna de pesquisa, capaz de reproduzir orquídeas raras e espécies do Cerrado ameaçadas de extinção, o Jardim Botânico de Brasília tem agora um novo laboratório de reprodução in vitro. Ampliado e reformado, o equipamento – único dessa natureza no Distrito Federal – recebeu um investimento público de R$ 454 mil e foi inaugurado na manhã deste sábado (2) pelo governador Ibaneis Rocha.
O novo laboratório vai dobrar a capacidade do número de mudas produzidas na unidade de conservação, passando de 15 mil por semestre para 30 mil
Ampliado em 80 metros quadrados, o espaço terá capacidade de fazer a manutenção dessas espécies por meio de rotinas laboratoriais como germinação, propagação, repicagem (que é a transferência das sementes geminadas para os tubetes), confecção de meio de cultura, lavagem de frascos e esterilização de instrumentos e materiais.
Acompanhado dos secretários de Governo José Humberto Pires, do Meio Ambiente José Sarney Filho, e de Turismo Vanessa Mendonça, Ibaneis visitou os novas instalações do laboratório (que já está funcionando) e também da praça de alimentação, do restaurante e da loja de souvenires -esses espaços construídos estão abertos à concessão.
“Temos aqui uma joia raríssima dentro da cidade que merece ser visitada pela população. Pelo terceiro ano consecutivo não tivemos nenhuma queimada no Jardim Botânico, com a contratação de brigadistas que evitaram que elas acontecessem”, disse o governador Ibaneis.
O novo laboratório vai dobrar a capacidade do número de mudas produzidas na unidade de conservação, passando de 15 mil por semestre para 30 mil.
Até então, o espaço de pesquisa vinha funcionando de forma improvisada em uma antiga residência funcional. Agora contará com uma infraestrutura adequada para a preservação do Cerrado. “Além disso, o laboratório tem o cunho científico por receber pesquisadores e estudantes de todo o país”, explicou a diretora-executiva do Jardim Botânico de Brasília, Aline de Pieri.
O que foi feito
A ampliação do laboratório foi de 80 metros quadrados. Lá se construiu novas calçadas e um viveiro externo com plástico agrícola para abrigar as espécies de plantas.
A reforma contou com melhorias na estrutura como troca do piso, construção de um novo telhado e rampas de acessibilidade, além da instalação de portas de blindex, acabamentos para vedação de portas e no teto, instalação de bancadas e tomadas exclusivas para o uso de autoclave, entre outras intervenções.
Próximo ao anfiteatro, o novo restaurante tem capacidade para atender 100 pessoas e foi erguido com a técnica construtiva taipa de pilão, método milenar capaz de regular a temperatura interna da edificação e criar estruturas totalmente sólidas.
Com área aproximada de 450m², a praça de alimentação conta com três estruturas anteriormente utilizadas como postos comunitários de segurança que foram recuperados com aproveitamento sustentável e adaptados para servir como lanchonetes. No espaço, localizado ao lado do Anfiteatro, há banheiros com acessibilidade e rampas para atender pessoas com deficiência.
Localizada no Centro de Visitantes, a loja de souvenir também já está pronta. Com 42 metros quadrados, o novo local conta com copa, banheiro, esquadrias em vidro e parede de taipa. Tanto o novo restaurante quanto a praça de alimentação e a loja de souvenir funcionarão após a conclusão do processo licitatório de cessão de uso.
* Com informações do Jardim Botânico