Escola Técnica do Paranoá será também uma incubadora de empresas

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Com conclusão de obras prevista para julho de 2022, unidade vai ofertar 960 vagas para cursos inéditos no DF, como o de energias renováveis.

A primeira escola técnica do Distrito Federal a ter uma incubadora de empresas será a do Paranoá. A instituição vai oferecer cursos que auxiliem alunos a atender a demanda do mercado com inovação. Com capacidade para até 960 alunos, a programação pedagógica do colégio conta com a oferta da formação técnica em edificações, em desenho industrial e em sistema de energias renováveis.

A previsão é que as aulas comecem assim que a obra for concluída. Já está em andamento a aquisição de mobiliário e o plano de cursos a serem aprovados pelo Conselho de Educação do DF.

Todo o conteúdo foi escolhido pela população, em audiências públicas. A unidade deverá ficar pronta em julho do próximo ano. O professor de matemática e empreendedorismo da Secretaria de Educação, Francisco Zagari, destacou que os cursos escolhidos pela população do Paranoá ainda não são oferecidos no DF.

“A característica dos jovens daqui é terminar o ensino médio e trabalhar para participar das despesas de casa. Essa escola vai qualificar esses estudantes”Francisco Zagari, professor de matemática e empreendedorismo da Secretaria de Educação

A escola funcionará em três turnos. Segundo Zagari, a grade de cursos seguirá os moldes de projeto semelhante da Universidade de Brasília (UnB). Além da graduação em técnico, também serão ofertados cursos de formação continuada, que são de menor duração.

O administrador do Paranoá, Sérgio Damasceno, disse que a população da região administrativa está fazendo contagem regressiva para a inauguração da Escola Técnica. “As pessoas chegam a fazer fotos da obra”, disse Damasceno.

Segundo o administrador, a construção de uma escola técnica sempre foi uma demanda da população do Paranoá. “A característica dos jovens daqui é terminar o ensino médio e trabalhar para participar das despesas de casa. Essa escola vai qualificar esses estudantes”, prevê.

O investimento na Escola Técnica do Paranoá é de R$ 12,3 milhões, recursos da própria Secretaria de Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A obra está gerando 70 empregos e o prédio segue padrão estabelecido pelo FNDE. No projeto há depósito de materiais, secretaria, recepção, sala de professores e de coordenação, diretoria, refeitório e vestiários.

*A previsão é de que as obras sejam concluídas em julho de 2022

A rede pública de ensino do Distrito Federal já conta com 13 unidades escolares que ofertam educação profissional e tecnológica em funcionamento, entre elas, o Centro de Educação Profissional e Tecnológica de Brazlândia, inaugurado em janeiro deste ano.

Incubadora de empresas

A incubadora de empresas é uma forma de estimular o empreendedorismo. Ela fortalece e prepara as pequenas empresas com o intuito de fazê-las sobreviver no mercado. É um local que abriga esses negócios, oferecendo estrutura capaz de estimular, fornecer e agilizar a transferência de resultados de pesquisa para atividades voltadas à produção.

O professor Zagari, especialista em incubadora de empresas, disse que essa é uma forma de ajudar os alunos a pensarem em entrar no mercado de trabalho como empreendedores, e não como empregados, o que é mais comum.

“Na incubadora o estudante desenvolve um projeto e pode criar sua empresa. Dessa forma, ele empreende e gera empregos. Muitas vezes os projetos vão ao encontro dos interesses da população. É uma ótima oportunidade não só para os estudantes, mas também para toda a comunidade”, explicou Zagari.

Um dos exemplos de projetos desenvolvidos por incubadoras no DF é o de geração de energia solar, que, além da renda obtida pelos empresários, beneficiou a população com energia mais barata.

O ensino profissionalizante oferece oportunidades de trabalho imediato ao estudante que conclui o ensino médio na rede pública. No Paranoá, daremos o passo seguinte: não só o profissional será formado, mas também encorajado a empreender na área de formação, a abrir uma empresa e administrá-la numa incubadora dentro da própria escola. “Teremos lá, portanto, o ciclo completo de estudo e vida profissional autônoma”, pontuou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Fonte: Agência Brasília.