Secretaria de Saúde montou estruturas para testagem no aeroporto, na Rodoviária do Plano Piloto e nas unidades básicas de saúde.
Posto de testagem da Rodoviária do Plano Piloto também tem atendido pessoas em situação de rua
Natal, Réveillon, confraternizações, encontros familiares e viagens. Após dias agitados no fim de 2021 e no começo de 2022, a população do Distrito Federal pode tirar uma dúvida que tem deixado muita gente preocupada: a possibilidade de ter contraído covid-19. Além das unidades básicas de saúde (UBSs), pontos avançados para testagem foram montados na Rodoviária do Plano Piloto e no desembarque do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Pode fazer o teste quem está com sintomas da doença ou teve contato com alguém contaminado.
É o caso do militar Carlos Alberto Marinho. Ele viajou de carro com a família para Salvador (BA) e sofreu para fazer o caminho de volta. “Cheguei tossindo, com febre e espirros; agora estou mais tranquilo”, conta. Ele foi atendido no posto de vacinação montado na Rodoviária do Plano Piloto, que funciona de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. Em 20 minutos, recebeu a confirmação de que não estava com covid-19. Foi o mesmo resultado para o professor Gabriel Santos da Silva, que elogiou a disponibilidade dos testes no local: “Ajuda bastante e até estimula as pessoas a fazerem o teste”.
Montado em parceria com o Sesc, o ponto de testagem foi inaugurado em 30 de dezembro do ano passado e tem atraído moradores de todo o DF. “O fluxo começou a aumentar”, informa a enfermeira Aline Gonçalves, do Sesc. “Recebemos desde idosos até jovens, vindos de todas as regiões. Também temos sido procurados por pessoas em situação de rua”.
Desembarque
Com movimento de 285 mil passageiros somente entre 27 de dezembro e 2 de janeiro, o Aeroporto de Brasília também conta com um ponto de testagem para a covid-19. O local, estruturado em parceria com a Secretaria de Turismo (Setur), o Sesc e a Inframerica, fica próximo às esteiras de restituição de bagagem do desembarque nacional e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os resultados saem em até 30 minutos.
“É preciso testar, até para resguardar e manter distanciamento das demais pessoas, evitando propagação da doença”Lívia Vanessa Ribeiro, infectologista
Nesta segunda (3), o casal de dentistas Fernando e Samya Frascino aproveitou o tempo de conexão no aeroporto para tirar a dúvida sobre o vírus. Vindos de Santarém (PA) com destino a São Paulo (SP), eles decidiram testar antes de seguir viagem. “Nós tivemos contato com uma pessoa que depois disse estar contaminada; ela está com sintomas leves”, explicou Fernando. O casal segue os protocolos de segurança, já tendo recebido as duas doses de vacina e a adicional contra a covid-19.
Vacinados também testam
Essa necessidade é explicada pela médica Lívia Vanessa Ribeiro, referência técnica distrital (RTD) em infectologia: “A vacina protege contra formas graves e críticas da doença e óbitos. Reduz a transmissibilidade, mas não a impede. Portanto, é preciso testar, até para resguardar e manter distanciamento das demais pessoas, evitando propagação da doença”.
A médica esclarece que, assim como os adultos, crianças também devem ser testadas em caso de apresentarem sintomas ou terem tido contato com alguém infectado. A infectologista esclarece que “ter contato” significa residir no mesmo domicílio ou ter permanecido a menos de um metro de distância por mais de 15 minutos. Caso o exame seja positivo, a pessoa será orientada sobre o isolamento, que deverá cumprir, e a respeito do seu estado geral de saúde.
Em caso negativo, é preciso também ter atenção: testes do tipo antígeno devem ser repetidos 24 a 48 horas após a primeira realização. E, dependendo dos sintomas, a pessoa deve procurar assistência médica por poder se tratar de outra doença, como a influenza.
*Com informações da agência Brasília / Secretaria de Saúde.