SECRETARIA DE EDUCAÇÃO: Palestras, projeto plenarinha com tema, ” musicalidades das infâncias “.  

0
539

Palestras sobre projeto Plenarinha teve como tema musicalidades das infâncias.

A música como elemento essencial para o desenvolvimento humano foi o foco da live que aconteceu na quarta-feira, 7, no canal do YouTube do EducaDF. Proposta para divulgar e incentivar o trabalho do projeto Plenarinha, a tarde de palestras foi inspirada no tema “Musicalidade das Infâncias: de cá, de lá, de todo lugar”.

Mediadora do evento, a diretora de Educação Infantil Andréia Martinez começou a live com o argumento de que a música é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças. “Por meio da educação musical, da musicalidade, da sonoridade e da música a gente pode contribuir para que de fato as crianças desenvolvam sua autonomia”, afirmou a diretora.

Em seguida, o subsecretário de Educação Básica, Tiago Cortinaz, representou o secretário Leandro Cruz e elogiou a iniciativa do projeto Plenarinha, assim como o trabalho de todos os profissionais de educação envolvidos.

“Nós, da rede pública de ensino, decidimos seguir trabalhando com uma temática de fundamental importância em todos os tempos e, talvez, ainda mais importante nesse momento tão desafiador que nós vivemos de um distanciamento social necessário e de luta pela preservação das vidas acima de tudo. Os profissionais de educação se reinventaram de uma forma muito desafiadora e todos têm feito um trabalho brilhante, um trabalho incrível”, acrescentou o subsecretário.

A criança surda e sua musicalidade

Com o tema “A criança surda e sua musicalidade”, a professora Tatiane de Paula destacou a importância da musicalidade na vida de todos. “A pessoa surda vivencia a sua musicalidade como a pessoa não surda, porque a musicalidade é um comportamento humano”, explicou.

Durante a palestra, a educadora mostrou como professores devem trabalhar a inclusão de uma forma inclusiva em sala de aula. Ela defende que cada criança tem um universo de possibilidades.

“Como que eu faço uma atividade com uma criança surda? te respondo: do mesmo jeito que faria com uma criança não surda. A forma respeitosa que a gente tem de tratar o outro, é o outro independente da condição do seu desenvolvimento”, afirmou a professora.

Combate a preconceitos na infância e na educação musical

Ainda em um contexto de reconhecimento do significado e da força de expressão da música no convívio social, o professor Saulo Pequeno entrou em cena com o tema “Combate a preconceitos na infância e na educação musical”.

O professor grifou os preconceitos de caráter histórico estrutural e a importância de identificar como esses atravessam as infâncias. A partir da identificação e atuação do preconceito na estrutura social, Saulo explica que o combate a esses se dá por meio do reconhecimento.

“É importante reconhecer como esses preconceitos atuam para poder combatê-los. Quando a gente olha para a infância com uma perspectiva histórico cultural, a gente vê que o desenvolvimento humano é desde que as pessoas nascem e são bebês”, afirmou o professor. Saulo explica que os elementos musicais e estéticos influenciam e têm reflexo na interpretação social ao longo do desenvolvimento humano.

A formação musical do pedagogo

Já em ritmo de música e com conteúdo guiado por canções, a professora Sara do Vale deu voz à palestra “A formação musical do pedagogo”. A professora utilizou instrumentos feitos de material reciclado para mostrar como diferentes vivências da educação musical podem fazer parte e transformar o cotidiano das famílias e das escolas, ainda mais em um contexto de aulas remotas.

“Na educação infantil a música está presente para tudo e isso é muito importante inclusive pela questão de vínculos afetivos e de fixação e introdução de conteúdos. A música por si só e a vivência da musicalidade já são importantes”, argumentou a professora.

Sara defende que os espaços musicais precisam ser intencionais e que a oferta da musicalidade no cotidiano é fundamental para o desenvolvimento integral da criança.

Por Íris Cruz, da Ascom/SEEDF