A 35ªDP/PCDF tomou conhecimento através do conselho tutelar de que uma criança de 12 anos estaria grávida, sendo ignorada a paternidade.
Já com 22 semanas de gestação, a vítima teria contraído COVID e sofrido um aborto por trombose, dado a pouca idade e a COVID 19.
No decorrer das investigações constatou-se imensa dificuldade em esclarecer a autoria do crime. Já que a família e a vítima não colaboravam e buscavam encobrir a autoria.
Por ocasião do aborto sofrido pela vítima, nossa equipe da Seção de Atendimento a Mulher (SAM) dirigiu-se à maternidade do HRS e lá apreendeu fragmentos de placenta em cubos.
O material biológico fora armazenado no IPDNA/PCDF para futuro confronto genético, tudo com autorização judicial.
Chamou a atenção o fato de o PADRASTO da vítima, logo após saber da gravidez e do aborto, ter se mudado do Distrito Federal, razão que levou nossa equipe a solicitar amostras de sangue fornecida pelo suspeito.
Realizado o exame de DNA, através do confronto genético, entre os fragmentos de placenta referidos e o sangue do suspeito, veio a surpresa, onde constatou-se perfis genéticos compatíveis com a condição de paternidade do suspeito em relação ao feto, ou seja o autor do estupro que resultou na gravidez da vítima, fora o próprio padrasto.
A técnica utilizada para o esclarecimento do crime é de difícil execução e no exame se usa técnicas de última geração, raríssimo no Brasil, tendo sido realizado pela medicina forense Brasileira por menos de cinco vezes.
Assim a PCDF prima por apurada e moderna técnica de investigação para elucidar tão hediondo delito.
A justiça expediu o mandado de prisão preventiva do suspeito e diante das provas, coube ao mesmo confessar o delito e fornecer minúcias do mesmo. A investigação durou aproximadamente um ano.
Fonte: 35°DF-PCDF.
