Pasta afirma que não há relatos no DF de problemas vasculares após imunização.
Em reunião remota da Comissão Especial da Vacina da Câmara Legislativa, na manhã desta terça-feira (20), a equipe da Secretaria de Saúde do DF apresentou o panorama sobre a pandemia e a vacinação contra a Covid-19. Segundo o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, houve pessoas na faixa etária entre 64 e 65 anos que se recusaram a tomar a vacina AstraZeneca no último final de semana, por temor de riscos e reações. No entanto, de acordo com o secretário, não há relatos de hipersensibilidade entre os vacinados no DF, sendo que apenas 0,2% relataram efeitos adversos tanto em relação à Coronavac quanto à AstraZenca, como dor de cabeça, dor muscular, diarreia, febre e dor no local na aplicação.
O subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Divino Valero, disse que não há relatos de problemas vasculares após a aplicação de imunizantes no DF. Segundo o subsecretário, as pessoas são orientadas a voltar ao posto caso ocorram efeitos adversos, que são notificados e publicados semanalmente em boletim epidemiológico.
Valero enfatizou a metodologia adotada pela pasta no processo de vacinação, cujo atendimento é feito de segunda a sexta-feira em cinquenta postos de saúde. Nos finais de semana e feriados, além das equipes próprias, o trabalho abrange também parcerias com outras instituições, a exemplo dos laboratórios de saúde. Ele anunciou que cerca de cem mil fichas de pessoas já vacinadas deverão ser digitalizadas nesta semana para entrar no ranking do DF em relação ao restante do País. Todavia, Valero considera que “o mais importante é não comprometer a D2” uma vez que é pela aplicação das duas doses que se garante a imunização. Também o secretário Okumoto fez questão de reforçar a necessidade de as pessoas tomarem a segunda dose da vacina para que a imunização não seja prejudicada.
Panorama
A pedido do presidente da Comissão da Vacina, deputado Fábio Felix, a equipe da Secretaria apresentou o panorama da pandemia, que registrou até o momento 7.284 óbitos no DF, onde há mais de onze mil pessoas com vírus ativo. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 98,3% e há medicamentos para intubação suficientes para cerca de sessenta dias, informou Okumoto, ao completar que o monitoramento de leitos e a atualização de medicamentos são constantes. Com relação aos insumos e pessoal, ele avisou que os aposentados pela pasta estão sendo convocados para trabalhar uma vez que representam mão-de-obra especializada. Sobre as variantes do vírus, Okumoto atualizou que das amostras coletadas no DF, a maioria é P1, sendo que há uma “grande quantidade de jovens, de 20 a 39 anos, internada nos hospitais”.
Campanhas e transparência
O relator da comissão, deputado Delmasso (Republicanos), frisou a necessidade de implantação de um sistema de agendamento a fim de evitar aglomerações nos locais de vacinação. O parlamentar, que também é integrante da Comissão Nacional de Acompanhamento da Vacinação (Conav) da Unale, recomendou à Secretaria de Saúde a realização de uma campanha publicitária para informar à população que, mesmo após a vacinação, é necessário continuar adotando as medidas de prevenção, como distanciamento social e uso correto de máscara.
Participaram da reunião remota, transmitida ao vivo pela TV Web CLDF e pelo canal da Casa no Youtube, os deputados João Cardoso (Avante), Delmasso, Fábio Felix, Arlete Sampaio e Leandro Grass.
Fonte: Franci Moraes – Agência CLDF.