O deputado distrital Daniel de Castro (PP) protocolou nesta terça-feira (26) uma representação junto à presidência da Câmara dos Deputados pedindo a instauração de processo disciplinar contra o líder do PT, Lindbergh Farias, após declarações polêmicas sobre “fuzilamento de traidores da pátria”. O distrital alega que tais comentários configuram quebra de decoro parlamentar e atentam contra os valores democráticos que devem ser preservados no Parlamento.
Em seu documento, Daniel de Castro destacou que o discurso do petista, embora não mencione diretamente os eventos de 8 de Janeiro, se refere claramente aos atos antidemocráticos do episódio. “Ao propor a execução sumária de cidadãos brasileiros, o deputado Lindbergh não apenas viola o decoro parlamentar, mas afronta princípios basilares do Estado Democrático de Direito”, afirmou o distrital.
Lindbergh Farias se defende
Em entrevista ao Metrópoles, Lindbergh negou que estivesse defendendo qualquer tipo de violência. “No dia em que o Celso Amorim estava na comissão, chamei o 8 de Janeiro de alta traição nacional. Sou autor de um PL para tipificar esse crime, que não existe no Brasil. Aí eu disse: vocês que lutam tanto pelos Estados Unidos precisam saber que lá tem estado em que traição é tratada com fuzilamento. Não estou defendendo fuzilamento de ninguém, não. É mentira”, declarou.
Sátira internacional: o episódio que lembra Nicolas Maduro
Enquanto Lindbergh comentava sobre fuzilamento, a internet brasileira não perdeu tempo em fazer paralelos com episódios internacionais. No caso de Nicolas Maduro, o líder venezuelano havia desafiado Donald Trump publicamente, chamando-o de covarde e dizendo que o esperaria para prendê-lo. Mal sabia ele que o novo alvo, assim que chegou a ser pressionado, se “escondeu em um buraco bancário”, evitando qualquer confronto direto.
A comparação, apesar de irônica, gerou memes e comentários nas redes sociais, destacando a rapidez com que figuras políticas globais podem se mostrar menos valentes na prática do que na retórica.
Repercussão
Analistas políticos lembram que episódios como o de Lindbergh Farias reforçam a importância do respeito ao decoro parlamentar e do cuidado com declarações públicas que podem ser interpretadas como ameaça ou incitação à violência. Já Daniel de Castro sinaliza que seguirá firme em sua defesa da ética e da democracia, buscando que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar avalie a necessidade de medidas disciplinares.
Enquanto isso, a população e internautas seguem acompanhando o desenrolar do caso com atenção, entre indignação e ironia, lembrando que, às vezes, a política nacional parece mais um episódio de comédia internacional do que debate sério sobre governança.
Fonte: Blog Olhar Digital