Referência em atendimento humanizado, doação de sangue e tratamento especializado para doenças hematológicas, o Hemocentro de Brasília tem se destacado não apenas pela eficiência, mas pela forma como acolhe cada vida que passa por suas portas. Em entrevista exclusiva, o presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, fala com emoção sobre os avanços, os desafios e, principalmente, as histórias que nascem de um simples gesto: doar.
ENTREVISTA
Jornalista Eduardo Magregor: Presidente Osney, o Hemocentro tem um papel vital no sistema de saúde pública do DF. O que o senhor destacaria como diferencial da instituição?
Osnei Okumoto:
Sem dúvida, nosso maior diferencial é o cuidado com as pessoas. Aqui, ninguém é só um número, uma ficha ou uma bolsa de sangue. Cada pessoa que entra pelas nossas portas está fazendo parte de uma corrente de amor. Nós coletamos sangue, sim, mas também colhemos empatia, solidariedade e esperança. E isso faz toda a diferença.
Coração que doa, vida que transforma: Osnei Okumoto fala sobre acolhimento, tecnologia e amor no Hemocentro de Brasília.

Jornalista Eduardo Magregor: E quais são os principais serviços oferecidos hoje à população?
Osnei Okumoto:
Oferecemos muito além da coleta de sangue. Somos responsáveis por abastecer todos os hospitais públicos do DF, coordenamos agências transfusionais, mantemos um banco público de medula óssea e temos um laboratório de imunologia de ponta. Também atendemos pessoas com doenças raras, como a hemofilia, com uma equipe multiprofissional completa. E agora, contamos também com atendimento odontológico especializado dentro do nosso ambulatório.
Jornalista Eduardo Magregor: Essa questão da odontologia é bastante interessante. Como isso tem funcionado?
Osnei Okumoto:
Foi uma conquista linda. Imagine uma pessoa com hemofilia que precisa extrair um dente… parece algo simples, mas pode ser muito arriscado. Pensando nisso, criamos um consultório odontológico aqui dentro, com profissionais treinados para esse público. É um atendimento feito com carinho, paciência e, principalmente, respeito à condição de cada um. A saúde começa pela boca e agora também cuidamos disso.
Jornalista Eduardo Magregor: E o tratamento domiciliar para pacientes com hemofilia, como está sendo?
Osnei Okumoto:
É um projeto que me toca muito. Levar o medicamento até a casa do paciente é mais do que logística é cuidado, é presença mesmo quando não estamos fisicamente juntos. Sabemos que muitas dessas pessoas enfrentam limitações de locomoção, então decidimos ir até elas. Já ouvi mães nos dizendo: “Vocês salvaram o dia do meu filho.” Isso não tem preço.
Jornalista Eduardo Magregor: A população parece reconhecer esse esforço. O Hemocentro tem um índice elevado de satisfação, certo?
Osnei Okumoto:
Sim, temos mais de 96% de aprovação. Mas mais do que números, o que me emociona são os relatos. Pessoas que vêm doar sangue pela primeira vez e dizem que nunca se sentiram tão bem tratadas. Gente que volta a doar só porque se sentiu acolhida. Isso mostra que estamos no caminho certo: tratar com dignidade, olhar no olho, servir com alegria.
Jornalista Eduardo Magregor: Qual a importância da participação do cidadão nesse processo?
Osnei Okumoto:
Olha, eu sempre digo: doar sangue é um gesto silencioso que grita amor. É uma atitude que não custa nada, mas vale tudo. Precisamos de mais gente disposta a se colocar no lugar do outro, a entender que um ato simples pode salvar até quatro vidas. É isso que queremos incentivar: um DF mais solidário, mais consciente e mais humano.
“Tirando dúvidas de muitos”
Durante a entrevista, o diretor-presidente Osnei Okumoto aproveitou a oportunidade para esclarecer alguns pontos importantes sobre a atuação da Fundação Hemocentro de Brasília. Segundo ele, é fundamental que a população tenha acesso à informação correta sobre os serviços oferecidos pela instituição.
“É comum que algumas pessoas confundam nossas áreas de atuação. Por isso, é importante esclarecer que o Hemocentro de Brasília atua no campo da hemoterapia e oferece tratamento específico para coagulopatias hereditárias, como a hemofilia, por exemplo, e não para todas as doenças hematológicas”, afirmou Okumoto.
Sobre o cadastro de medula óssea, ele explicou: “Não mantemos um banco de medula óssea aqui no Hemocentro, como muitas vezes é divulgado de forma equivocada. O que fazemos é cadastrar doadores voluntários, que são inseridos no Redome, o Registro Nacional, que é administrado pelo Inca em parceria com o Ministério da Saúde.”
Em relação à estrutura laboratorial, o presidente destacou a existência de laboratórios especializados, como o de Imunohematologia, fundamental para garantir a compatibilidade e segurança das transfusões.
Okumoto também falou sobre o atendimento odontológico: “O serviço odontológico que realizamos não é uma novidade. Já há muitos anos oferecemos esse cuidado aos pacientes com coagulopatias hereditárias, respeitando os protocolos específicos para cada caso.”
Com esses esclarecimentos, Osnei Okumoto reforçou o compromisso do Hemocentro com a seriedade, a ética profissional e o atendimento humanizado:
“Nosso foco é salvar vidas e atender com excelência. E para isso, a informação correta também é uma forma de cuidado com a população.”
SERVIÇO
Local: Fundação Hemocentro de Brasília – Setor Médico Hospitalar Norte, quadra 3, bloco A
Funcionamento: Segunda a sábado, das 7h15 às 18h
Agendamento e informações: (61) 3327-1671 | WhatsApp: (61) 99140-0173
🌐 Site: www.hemocentro.df.gov.b
Foto: Divulgação/FHB
Fonte: Blog Olhar Digital.






