Secretária da Mulher caminhou pelas ruas da região administrativa pedindo apoio da população no enfrentamento da violência contra a mulher.
A etapa de Sobradinho da Jornada Zero Violência Contra Mulheres e Meninas foi concluída na tarde desta sexta-feira (25) com uma caminhada da secretária da Mulher, Ericka Filippelli, pelo comércio local. Ela conversou com moradores da cidade e entregou panfletos que ensinam onde procurar ajuda em caso de violência.
Antes de chegar a Sobradinho, a ação passou pelo Paranoá, Samambaia e Planaltina. A proposta é mobilizar a população do Distrito Federal para divulgar e fortalecer a rede de enfrentamento à violência de gênero, além de reforçar os canais de denúncias disponíveis e também apresentar à comunidade equipamentos de atendimento, acompanhamento psicossocial, apoio e acolhimento de vítimas.
“É preciso mostrar que existem equipamentos públicos para acolher a mulher. A informação é o mais importante que temos no enfrentamento à violência” – Ericka Filippelli, secretária da Mulher
“Esse programa nasceu em parceria com o Fundo de Populações da ONU e tem o objetivo de mobilizar a sociedade no enfrentamento da violência contra a mulher. Ele possui uma programação muito especial que vai desde a visita à comunidade, a lideranças de diversos setores, aos equipamentos que podem atender ou acolher mulheres em situação de violência, até a capacitação de homens e servidores da rede de atenção e da comunidade”, explicou Filippelli.
Durante a caminhada pelas ruas de Sobradinho, a secretária da Mulher deparou-se com muitos homens que não hesitaram em deixar o machismo transparecer. Brincadeiras como “não pode bater todos os dias, mas de vez quando pode” foram ditas por alguns. No entanto, muitos homens se ofereceram para ser agentes multiplicadores do programa.
Entre esses estava Cícero Pedro dos Santos, de 56 anos, vendedor ambulante, que ofereceu sua carrocinha de picolé para colar um dos cartazes produzidos pela secretaria. O cartaz mostra os diversos equipamentos e respectivos endereços de locais onde mulheres vítimas de violência podem ser atendidas e acolhidas.
“Quero ajudar porque as mulheres não têm muita defesa. Se eu coloco aqui no carrinho, pode ser que alguma mulher que tenha sido vítima de violência veja o cartaz e saiba para onde ir”, disse Cícero, enfatizando que violência contra mulheres é sempre uma covardia.
A diarista Luna Ribeiro, de 26 anos, que também pediu panfletos para divulgar, revelou que já chamou a polícia em um caso de violência que presenciou. “A situação estava muito complicada, tive que chamar a polícia. “Acho que, ao divulgar o trabalho, a secretaria faz uma coisa importante, porque ajuda a prevenir a vida da mulher. Hoje são muitos os casos de assassinatos dentro de casa”, avaliou.
“É preciso mostrar que existem equipamentos públicos para acolher essa mulher. A informação é o mais importante que temos no enfrentamento à violência”, destacou a secretária.
*Com informações da Secretaria da Mulher do DF
Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues.