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EX-GENERAL VENEZUELANO ENTREGA À JUSTIÇA DOS EUA DOCUMENTOS QUE CITAM LULA EM REDE INTERNACIONAL DE FINANCIAMENTO POLÍTICO

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O caso que vem sacudindo a política internacional ganhou um novo e explosivo capítulo. Hugo “El Pollo” Carvajal, ex-chefe da inteligência venezuelana e um dos homens mais próximos do falecido presidente Hugo Chávez, afirmou à Justiça dos Estados Unidos que o regime chavista teria financiado, com dinheiro da petroleira estatal PDVSA, campanhas e líderes de esquerda em diversos países incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

As declarações vieram à tona após o presidente da Argentina, Javier Milei, compartilhar em suas redes sociais uma reportagem do site norte-americano UHN Plus, reproduzida pelo portal brasileiro Metrópoles, em que Carvajal detalha o funcionamento do esquema. “E muitas máscaras cairão”, escreveu Milei, em tom de provocação política.

O homem-bomba de Chávez

Carvajal foi o cérebro da espionagem venezuelana durante os anos mais duros do chavismo. Com acesso a informações confidenciais de Estado, ele foi extraditado da Espanha para os Estados Unidos em 2023, onde passou a colaborar com o Departamento de Justiça americano, entregando documentos e provas sobre uma suposta rede de financiamento político internacional comandada diretamente por Caracas.

De acordo com os depoimentos obtidos pela Justiça americana, o governo da Venezuela teria usado a PDVSA Petróleos de Venezuela S.A. como uma “caixa-preta” de financiamento clandestino para impulsionar campanhas de partidos aliados à esquerda em várias partes do mundo.

O ex-militar afirma que Lula, Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia) e até mesmo partidos da Europa, como o Podemos (Espanha) e o Movimento 5 Estrelas (Itália), teriam recebido apoio financeiro indireto do chavismo, num plano de expansão ideológica que durou mais de 15 anos.

Documentos e repasses internacionais

Segundo Carvajal, os valores eram desviados por meio de contratos superfaturados da PDVSA e posteriormente canalizados através de fundações, ONGs e consultorias internacionais. Parte desses recursos, diz ele, teria sido enviada ao Brasil durante o período em que Lula liderava o PT e se consolidava como figura central da esquerda latino-americana.

Carvajal alega ainda ter documentos assinados por Hugo Chávez, autorizando repasses milionários a projetos e campanhas políticas estrangeiras. Em alguns desses relatórios, segundo o ex-general, o nome de Lula aparece em reuniões estratégicas de alinhamento ideológico entre 2006 e 2012.

“Durante os governos de Chávez e Maduro, a PDVSA financiou ilegalmente movimentos políticos de esquerda no mundo durante pelo menos 15 anos”, declarou Carvajal. O depoimento foi encaminhado às autoridades americanas e pode integrar uma nova linha de investigação internacional sobre corrupção transnacional e uso indevido de estatais para fins partidários.

Repercussão internacional

As denúncias caíram como uma bomba nos meios diplomáticos. O presidente argentino Javier Milei, conhecido por sua postura liberal e crítica aos governos socialistas, não perdeu tempo em amplificar o caso. Em sua conta no X (antigo Twitter), ele postou:

“E muitas máscaras cairão.”

A frase repercutiu fortemente em toda a América Latina, reacendendo o debate sobre a influência do chavismo e do Foro de São Paulo — grupo que reúne partidos de esquerda de toda a região, incluindo o PT de Lula.

Em Brasília, aliados do governo tentaram minimizar o caso, alegando se tratar de “informações requentadas” sem valor jurídico comprovado. No entanto, analistas políticos afirmam que, se o Departamento de Justiça dos EUA confirmar a autenticidade dos documentos entregues por Carvajal, o impacto diplomático pode ser devastador, inclusive com possíveis investigações formais sobre repasses feitos ao Brasil durante o auge da relação entre Lula e Chávez.

O que pode acontecer com Lula e o PT após as denúncias

Caso os documentos e provas entregues por Carvajal sejam validados pelas autoridades americanas, Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) poderão enfrentar uma das maiores crises políticas desde a Operação Lava Jato.

Fontes ligadas ao meio jurídico internacional afirmam que o caso pode abrir um novo inquérito de cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos, uma vez que envolve possível financiamento estrangeiro a campanhas eleitorais nacionais, o que é proibido pela legislação brasileira.

Mesmo sem condenações, o simples envolvimento do nome do presidente brasileiro num relatório internacional de financiamento ilegal já abala a credibilidade política e institucional do governo, além de criar forte desgaste para o PT em pleno cenário de polarização nacional.

Nos bastidores, membros da oposição avaliam que as denúncias podem mudar o curso do debate político nas eleições municipais de 2024 e federais de 2026, reacendendo a narrativa de corrupção e interferência externa que marcou os anos de Lava Jato.

Quem é o delator internacional

Hugo Carvajal, apelidado de El Pollo, foi por anos o responsável pela contrainteligência e espionagem da Venezuela. Após romper com o regime de Nicolás Maduro, ele foi preso em Madri e, depois de uma longa batalha judicial, extraditado para os Estados Unidos, onde passou a colaborar com as autoridades. Carvajal já confessou ter participado de atividades de narcotráfico e narcoterrorismo, em cooperação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Agora, busca uma redução de pena por meio da entrega de provas sobre crimes financeiros e corrupção internacional. A expectativa é que novos documentos sejam revelados nas próximas semanas, com possíveis menções a transferências bancárias, relatórios da PDVSA e nomes de intermediários em território brasileiro.

O depoimento de Hugo Carvajal lança uma sombra densa sobre o tabuleiro político latino-americano. Ao citar diretamente Lula como suposto beneficiário de um esquema milionário de financiamento da Venezuela, o ex-general chavista acende o alerta para uma possível rede transnacional de apoio político e ideológico, que teria sido alimentada por recursos públicos venezuelanos.

Embora as investigações ainda estejam em andamento e nenhuma condenação tenha sido formalizada, a repercussão internacional cresce a cada dia.
Se confirmadas, as revelações podem representar o maior escândalo político-financeiro da América Latina nas últimas décadas, com potenciais consequências jurídicas e eleitorais que podem mudar o rumo da política brasileira.

Fonte: Blog Olhar Digital