Lean é um projeto apoiado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Sírio-Libanês que reorganiza processos de trabalho na unidade de saúde.
O Hospital da Região Leste (Paranoá) recebeu nesta semana, a primeira visita dos consultores do Hospital Sírio-Libanês para a implementação do Projeto Lean nas Emergências. O encontro ocorreu no auditório da unidade e contou com a participação de vários gestores.
A iniciativa do Ministério da Saúde tem por objetivo reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos.
Para tal, são utilizadas metodologias de gestão e algumas ferramentas para melhorar o fluxo de atendimento ao usuário. O projeto também engloba a otimização dos recursos, diminuir os desperdícios, aumentar a agilidade na prestação de assistência fazendo que reflita no giro de leito, reduzindo tempo de internação. Desta forma, podendo absorver os pacientes que chegam de uma demanda aumentada ao pronto-socorro no hospital.
Para a gerente de Emergência do HRL, Cláudia Joffily, o projeto vai tornar o processo de trabalho mais eficiente e eficaz para o paciente.
“O projeto será útil para todos os setores organizarem e ordenarem seus processos de trabalho, anulando desperdícios de tempo, mão de obra e materiais, além disso, trará um ambiente melhor para trabalhar”, aponta.
“O Lean acaba incorporando uma nova cultura organizacional onde as pessoas enxergam a possibilidade de uma melhoria continua, de fluxo puxado, enxergam o entendimento do que agrega valor para o paciente. A gente traz essa série de ferramentas e que acabam refletindo não apenas na emergência, mas o projeto também adentra o hospital”, explica o médico consultor do Hospital Sírio-Libanês, Guillermo Sócrates.
O Superintendente da Região de Saúde Leste, Sidney Sotero, enalteceu a parceria com os profissionais do Sírio-Libanês e que vai auxiliar as equipes do HRL.
“A equipe da Região Leste mantém a tradição de seguir em busca de aprimoramento contínuo, aceitando grandes desafios e tecendo parcerias com as instituições de maior renome nacional para entregar a sua população adscrita a melhor saúde possível”, frisa.
Ainda de acordo com Guillermo Sócrates, o hospital tem estrutura muito boa e estuda junto aos gestores uma forma de reduzir o desperdício de circulação do paciente. “Às vezes o paciente vai lá na radiologia e volta, depois vai lá no laboratório, ou seja, a gente vai tentar através da planta do hospital encurtar percursos, trajetos, mapear o processo de prestação do serviço, para que a gente possa tornar cada vez mais eficiente aquele processo de trabalho”, sinaliza.
Como parte para a implementação do projeto e treinamento da equipe, em agosto, oito servidores do Hospital da Região Leste viajaram a São Paulo, tudo custeado pelo Hospital Sírio-Libanês. Foram dois dias de curso.
A gerente de Planejamento, Monitoramento e Avaliação da Atenção Hospitalar, Lucyara Simplício, contou como foi à experiência. “Estivemos no curso em São Paulo realizado pelo Sírio Libanês de dois dias intensos de curso para entender esse projeto e essa metodologia, para que o hospital trabalhe da melhor maneira com o que ele tem. Porque ele trabalha com o tempo, com agilidade, com os recursos que a gente tem”.
A equipe do Hospital Sírio-Libanês vai realizar acompanhamento durante seis meses com visitas a cada 15 dias. Para garantir a manutenção a longo prazo, a equipe de controle do projeto vai acompanhar os resultados por mais 12 meses.
* Com informações da agência Brasília / Secretaria de Saúde.