A primeira coisa que chama a atenção em Paulo Henrique Costa, 44 anos, é a extrema simplicidade com que ele fala do banco estatal criado no ano 1960 como Banco Regional de Brasília. Com larga experiência no varejo e ex-vice-presidente de Clientes, Negócios e Transformação Digital da Caixa Econômica Federal, função da qual se desligou para assumir a presidência do BRB em janeiro de 2019.
O CEO recebeu o convite do governador Ibaneis Rocha (MDB) com a missão de melhorar a governança e reestruturar os processos da instituição. A situação do ‘Banco’ não era positiva, a carteira de crédito não tinha crescido desde 2014 e para piorar o BRB tinha perdido o protagonismo do banco público. Um ex-diretor foi condenado por desvio de recursos, em um caso que começou a ser investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal, antes de Paulo Henrique chegar ao comando.
O presidente deu início ao processo de modernização do banco com a conta digital Nação BRB FLA. A conta digital é a face mais visível de um processo de modernização do BRB iniciado em 2019. A melhoria de processos levou a uma redução da inadimplência principalmente de servidores públicos e empresas.
Colhendo os avanços
O BRB fechou o ano de 2021 com 3 milhões de clientes e um lucro histórico no valor de R$ 433 milhões, obtendo um crescimento de 38,1% em relação ao mesmo período de 2020.
Ao lado de produtos populares como os empréstimos consignados para servidores públicos do DF, a carteira de crédito apresentou um resultado positivo com crescimento do produto no último trimestre de 2021 subiu 42,1% – que corresponde a R$ 20,7 bilhões.
O Supera-DF movimentou R$ 8,2 bilhões, com mais de 155 mil clientes beneficiados por meio de ações econômicas. Enquanto o programa Acredita-DF, nome que evoca o resgate da esperança do brasiliense, após a chegada da segunda onda de Covid-19, foi um projeto que marcou o trabalho social do BRB no cuidado dos mais necessitados.
Como todo banco público, o BRB também tem uma função social, e opera com 18 programas socias do governo do Distrito Federal, sendo eles: DF Social; Renova-DF; Prato Cheio; Mobilidade Cidadã; Cartão Material Escolar; Auxílio Excepcional; Auxílio Por Morte; Auxílio Calamidade; Famílias Acolhedoras; Auxílio Natalidade; Auxílio Vulnerabilidade; Bolsa Atleta; Caminhos Da Cidadania; Fábrica Social; Cesta Alimentação Creche; Bolsa Alimentação Escolar e Cartão Gás, que contemplam mais de 300 mil famílias, o que corresponde a cerca de 1/3 da população total do DF, em situação de vulnerabilidade.
As iniciativas vão desde transferência de renda até a doação de máscaras e a construção de um hospital modular para atender às vítimas da pandemia. Aí também entrou a tecnologia. Em vez de distribuir cestas básicas, o governo passou a entregar dinheiro para os beneficiados.
Neste momento pandêmico, cuidou de oxigenar o setor produtivo, gerando emprego e renda para o aquecimento da economia local. A instituição tornou-se um parceiro das pessoas físicas e jurídicas nestes três anos de gestão ao lado do chefe do Executivo Ibaneis Rocha (MDB), focando na qualidade de vida, saúde, mobilidade social, igualdade e no crescimento econômico do Distrito Federal.
O mercado reconheceu as mudanças. O BRB é listado na B3 e, desde o fim de 2021, suas ações cresceram mais de 10 vezes nos últimos 3 anos. Atualmente, o valor do Banco é de R$ 10,7 bilhões.
Hoje, o BRB conta com 141 agências, sendo 129 no DF e no Entorno. Outras 12, são distribuídas nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Ao número de agências, somam-se 550 correspondentes bancários, além de 604 ATM próprios complementados por mais de 24 mil ATMs da Rede Banco 24 horas e rede compartilhada, garantindo ao BRB cobertura de atendimento em todo o território.
Por meio, do Nação BRB FLA, banco digital lançado em parceria com o Flamengo, em 5071 municípios brasileiros, todas as regiões e 39 países.
Afinal, sob a batuta de Paulo Henrique, o banco acelerou o crescimento e a competitividade. Costa tem uma qualidade rara nessa atividade que é muito específica. Ele fala a língua dos homens de negócios.