Infelizmente, esses grupos conseguem diminuir ou segurar o avanço dos policiais penais, que está há 3 anos sem uma devida regulamentação da carreira.
Imagine sair de casa sob a ameaça de uma organização criminosa, enfrentar olhares ameaçadores no ambiente de trabalho e ainda ser intimado para responder a investigações sobre possíveis ameaças aos direitos dos presos, algo constante e rotineiro. Isso evidencia que, muitas vezes, quem está verdadeiramente ameaçado é o policial.
O que não está certo, quem não cumpriu com os ditames sociais foram os criminosos e não o policial. Pelo contrário, ele está a todo tempo tentando fazer imperar a lei, mesmo que muitas vezes, esgotado mental e fisicamente, realizando um trabalho comparado ao de Sísifo. Vale frisar, que não estamos defendendo o fim dos direitos dos presos, apenas lutando para que estes ocorram em consonância e não em detrimento da valorização do policial penal.
Quem está do lado da paz, do combate ao crime organizado, está também do lado da Polícia Penal. A força policial já demonstrou que a presença efetiva do Estado nos presídios do país impede que o crime se instale. Além de que, o crime perde a força criativa da mente dos membros presos. A conclusão é que onde o Estado não está presente, o crime se instala. Não há vácuo no poder.

João Renato B. Abreu, Policial Penal – DF, mestre em direito e políticas públicas.
Fonte: Zona Política.









