REPRESENTAÇÃO FEMININA: Mulheres Republicanas do Distrito Federal finalizando o ano de 2020

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Por: Eduardo Magregor.

Na noite de ontem sexta-feira (18), as mulheres Republicanas do Distrito Federal fizeram sua honrosa menção aos trabalhos executados no ano de 2020. Está sendo uma relação natural criada por todas as mulheres que se unem por um propósito de construção igualitária diante da política e do social em defesa dos direitos das mulheres. O encontro foi organizado por Tânia Maria coordenadora executiva do PRB Mulher DF. As mulheres possuem força e coragem. Temos voz e a faremos ser escutada onde estivermos. Diz Tânia Maria. 

Com a presença marcante de Cristiane Britto, filiada ao PRB, onde hoje está como Secretaria Nacional de Mulheres. Cristiane é Conselheira da OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal), é especialista em Direito Eleitoral e Defensora da inclusão das mulheres na política e assume a bandeira dos cuidados da violência doméstica contra a mulher. “Temos muito trabalho pela frente e em nossos caminhos temos barreiras que devam ser ultrapassadas com muita garra e sem vaidade para fazermos o que é certo e de direito as mulheres e ao povo Brasileiro de modo geral. Ressalta Cristiane.

*Secretária Nacional de Mulheres Cristiane Brito presente as mulheres Republicanas do Distrito Federal em (18/12) ontem. O uso de álcool em gel junto ao uso de máscaras, medição de temperatura foram usados para a segurança de todas diante do contágio pela Covid-19.

Outra grande representante da luta por diretos as mulheres, Dani Salomão se fez presente e em sua fala demonstrou um equilíbrio evolutivo no sentido de que as mulheres não são fracas e estão no mundo não pelo conceito de fragilidade criado por décadas para justificar o sexo feminino como tal. Estamos para conquistar assim como os homens em seus destintos direitos, hoje a quebra deste paradigma dignifica a liberdade e a força de todas juntas. Em nossas vidas a palavra  desistência se revela como resistência a quaisquer fatos em vida, somos fortes, somos seres humanos. Desespero e sofrimento por mais ruim e nefasto que seja, nos não podemos perecer, pois antes disso uma mulher aguerrida nunca deixará de ser uma vitoriosa para o mundo das dificuldades estando todas ali juntas para se apoiarem umas nas outras e se levantarem. Diz Dani Salomão. 

*Dani Salomão na fundação Republicana em fala as Mulheres Republicanas do Distrito Federal.

Dados registram o atual cenário: mulheres são maioria no país. Segundo pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), elas compõem 51,5% dos 208,5 milhões de habitantes brasileiros. Em matéria de política, elas compõem 52,5% do eleitorado em todo o Brasil. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), são 77,3 milhões de eleitoras mulheres para 69,9 milhões de eleitores homens.

Já quando o assunto é representatividade pública, o padrão numérico não é mais o mesmo. É sabido dizer que o lugar de mulher é e será sempre onde ela quiser, pois ela sim possui este direito também. E na política a sua presença se faz necessária como nunca.

Violência Política de gênero?

A violência política de gênero é definida por violência de cunho físico, psicológico e sexual que tenha o intuito de cercear e até mesmo impedir as mulheres de se colocarem para o pleito ou de participarem da vida política partidária. A violência acontece por vários motivos: uma disputa por poder; a crença de que a mulher está restrita à vida privada; aos afazeres domésticos e do cuidado, portanto, não teriam a legitimidade ou o direito de ocupar um espaço na política. Muitas mulheres têm sua vida pessoal exposta, sofrem violência sexual, assédios psicológicos e ameaças de todos os tipos. A violência é um dos fatores que causa a baixa participação das mulheres na política.

Legado: Primeiro partido feminino do Brasil foi criado por feminista indigenista.

O nome de Leolinda de Figueiredo Daltro (1859-1935) não é muito citado nos livros de história convencionais, mas toda mulher brasileira deveria agradecer à memória dessa baiana pela luta que ela travou em vida. Sua batalha era pelo direito ao voto feminino, quando isso ainda era vetado pelas lideranças políticas do Brasil. Professora de origem indígena, Leolinda nunca desistiu de levantar essa bandeira e foi um das fundadoras do Partido Republicano Feminino, em 1910.

A batalha de Linda pela igualdade entre os gêneros a estigmatizou como uma mulher fora de si. Por sua inquietude ante às injustiças sociais, era vista como louca até mesmo por outras mulheres. Ainda mais tendo se divorciado duas vezes em uma sociedade que via na separação conjugal uma grande afronta à moralidade.

A Constituição de 1891 dizia que todo cidadão com mais e 21 anos teria direito de votar. Leolinda tentou se valer da ambiguidade do termo plural, mas foi impedida. Em um governo regido por homens e, ainda por cima, em uma época em que elas não eram vistas como seres pensantes (ou merecedoras de serem ouvidas), não era de se imaginar que a lei suprema do país fosse verdadeiramente valer para todos.

Quando o Partido Republicano Feminino foi criado, mulheres não eram autorizadas a se candidatar. Para concorrer a algum cargo oficial, era preciso ser eleitor e elas ainda não tinham esse direito. Mesmo assim, o partido tinha quase 100 representantes femininas em seu hall de membros. Em 1917, Leolinda foi uma das responsáveis por liderar uma passeata que exigia a implementação do direito ao voto também às mulheres. A mudança no Código Eleitoral chegou só em 1932, três anos antes da sufragista morrer, vítima de um atropelamento.

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