RICARDO CAPPELLI NO OLHO DO FURACÃO: SENADO INVESTIGA POSSÍVEL USO ELEITORAL DA ABDI

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Documentos, relatos internos e pressão política transformam o caso em uma das maiores crises envolvendo uma autarquia federal em 2024

A crise que envolve o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, atingiu um novo patamar explosivo após a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) acionar oficialmente o Senado Federal e exigir respostas imediatas sobre denúncias de que a estrutura da agência teria sido utilizada para fortalecer a pré-campanha de Cappelli ao Governo do Distrito Federal.

O requerimento enviado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, detalha supostas irregularidades que, se confirmadas, podem configurar um dos mais graves casos recentes de uso político da máquina pública no país.

UM “QG CLANDESTINO”? RELATOS EXPÕEM POSSÍVEL BUNKER DE COMUNICAÇÃO NO SCS

Segundo ex-integrantes da agência e mensagens internas obtidas por parlamentares, uma sala no Setor Comercial Sul (SCS) teria sido transformada em núcleo paralelo de comunicação voltado a interesses eleitorais.

O espaço, apelidado nos bastidores de “bunker político”, seria coordenado pelo gerente de marketing da ABDI, Bruno Trezena, responsável por dar ordens diretas, organizar tarefas e acompanhar métricas de conteúdo produzido para:

  • impulsionar a imagem pública de Ricardo Cappelli,
  • gerar material para redes sociais,
  • analisar movimentos de possíveis adversários em 2026,
  • e articular ataques digitais contra parlamentares críticos.

Servidores relatam que computadores, horas de trabalho e recursos da agência teriam sido utilizados dentro dessa estrutura não oficial o que levantou forte reação no Senado e acendeu alertas na esfera jurídica.

AS CONSEQUÊNCIAS: CAPPELLI PODE ENFRENTAR DESDE PERDA DE CARGO ATÉ PROCESSO CRIMINAL

Especialistas consultados pelo Senado apontam que a denúncia toca em três frentes extremamente sensíveis:

1. Improbidade Administrativa

Punições possíveis:

  • perda imediata da função pública,
  • suspensão de direitos políticos,
  • multa e proibição de exercer cargos no Estado.

2. Crimes Eleitorais

A legislação proíbe expressamente o uso de órgãos públicos para pré-campanha.
Riscos:

  • inelegibilidade,
  • cassação de eventual candidatura,
  • multas pesadas.

3. Peculato (Art. 312 do Código Penal)

Se comprovado o uso de bens ou servidores da ABDI em benefício pessoal:

  • pena de 2 a 12 anos de prisão, além de multa.

A gravidade da acusação fez com que parlamentares pedissem a atuação urgente do Ministério Público Federal, da Controladoria-Geral da União e do Tribunal Superior Eleitoral.

ALCKMIN NA LINHA DE FOGO: SENADO EXIGE RESPOSTAS EM ATÉ 30 DIAS

O requerimento de Damares Alves solicita informações detalhadas sobre:

  • todos os contratos de comunicação da ABDI,
  • despesas com publicidade dos últimos dois anos,
  • relatórios de viagens e agendas,
  • investigações internas,
  • e normas utilizadas para impedir (ou não impedir) abuso político.

Alckmin tem 30 dias corridos para responder oficialmente. Nos bastidores, a pressão cresce, e o MDIC já foi acionado por outras lideranças políticas interessadas na apuração.

EFEITO COLATERAL NO DF: O ESCÂNDALO ATINGE O JOGO ELEITORAL DE 2026

O episódio coloca o nome de Ricardo Cappelli — até então visto como uma alternativa competitiva ao Palácio do Buriti — em xeque.

Fontes de Brasília afirmam que a denúncia:

  • “abalou totalmente o cenário político do DF”,
  • fortaleceu adversários diretos,
  • e obrigou o governo federal a reconsiderar a blindagem política que vinha mantendo.

Parlamentares que teriam sido alvos do suposto “gabinete digital” agora estudam ações individuais, respaldados pelo documento formal entregue ao Senado.

O CASO CAPPELLI PODE SE TORNAR UM DOS MAIORES EMBATES ENTRE O SENADO E UMA AUTARQUIA FEDERAL

O escândalo está apenas no início, mas já reúne ingredientes suficientes para:

  • crise institucional,
  • desgaste político do governo federal no DF,
  • risco de queda do presidente da ABDI,
  • e impactos diretos na sucessão do Buriti.

Nos corredores do Congresso, a frase mais repetida é: “Se isso se confirmar, Cappelli cai antes de 2026.”

A capital acompanha.
O Senado pressiona.
E o MDIC corre para conter uma crise que pode se tornar irreversível.