Desde julho do ano passado, esse público pôde se alimentar sem custo em qualquer uma das 14 unidades espalhadas pelo DF.
“Se não tivesse esse negócio aqui, como a gente iria se alimentar? Eu não sei dizer, eu não saberia onde”, disse o cidadão em situação de rua, logo após terminar um prato com peixe e demais acompanhamentos no restaurante comunitário do Gama. Ele é uma das 70 pessoas desse público que, em média, diariamente, frequentam a unidade para se alimentar gratuitamente.
Desde julho do ano passado até agora, mais de 73 mil refeições foram fornecidas gratuitamente para esse público.
O benefício foi uma forma que o Governo do Distrito Federal (GDF) encontrou para amenizar os impactos das crises sanitária e econômicas desencadeadas pela pandemia da covid-19. Antes disso, eram entregues marmitas em pontos de grande concentração de pessoas em situação de rua. No entanto, por se tratar de um público nômade, nem sempre eles estavam nos pontos previamente mapeados.
Com a gratuidade nos 14 pontos fixos, fica mais viável para esses cidadãos encontrarem a alimentação.
“O GDF precisou agir rapidamente, uma vez que, muitas vezes, essas pessoas contavam com a caridade da população. No entanto, com a necessidade do isolamento social, as ruas ficaram praticamente vazias e eles passaram a ter dificuldades para, minimamente, se alimentarem”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.
As 28 equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social acompanharam mais de 2 mil pessoas em situação de rua nos últimos meses, ou seja, quem teve, ao menos, um atendimento. Entre os trabalhos desenvolvidos por esses profissionais está o direcionamento para os restaurantes comunitários mais próximos, onde eles podem fazer até duas refeições.
Esses e outros dados, bem como a história do homem encontrado no Gama, estão no sexto episódio da série documental A rua: do acolhimento à autonomia. Uma produção da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social.