Semana do Cerrado traz mudanças do clima para o centro do debate

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A programação vai de 11 a 19, com opções de participação virtual ou presencial.

“É importante também porque o cerrado é produtor de água, é a savana mais biodiversa do mundo, além de ser uma área que hoje é grande produtora de grãos. Compatibilizar essas questões e manter os serviços ambientais do cerrado são fundamentais e, para isso, é preciso que haja conscientização das pessoas, papel que esse evento vem cumprir muito bem”Sarney Filho, secretário do Meio Ambiente

Celebrar o Cerrado e, ao mesmo temo, alertar que o bioma, berço das águas brasileiras, corre riscos. É assim que a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) vai realizar a Semana do Cerrado, entre os dias 11 (Dia Nacional do Cerrado) e 19 de setembro. Com o tema “Cuidar do clima, cuidar da vida”, o evento tem como objetivo atrair a atenção da população para os impactos das mudanças do clima e soluções para seu enfrentamento, além de mobilizar e conscientizar a sociedade para a importância de ações de conservação e preservação ambiental.

A abertura ocorre no Parque do Riacho Fundo com demonstração do Programa de Recuperação de Nascentes. No mesmo dia, tem início a programação da Sema e do Caminhos do Planalto Central (CPC) com o projeto Trilhas nas Unidades de Conservação. No encerramento do evento, o Eixão Norte recebe a Exposição Caminhos do Planalto Central.

O secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, diz que a realização da Semana do Cerrado chama a atenção sobre o bioma que é o segundo maior do Brasil e já tem quase 50% de sua cobertura vegetal devastada. “É importante também porque o cerrado é produtor de água, é a savana mais biodiversa do mundo, além de ser uma área que hoje é grande produtora de grãos. Compatibilizar essas questões e manter os serviços ambientais do cerrado são fundamentais e, para isso, é preciso que haja conscientização das pessoas, papel que esse evento vem cumprir muito bem”, afirma.

Semana do Cerrado conta com o apoio do Projeto CITinova, realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e executado pela Sema, em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), com recursos do Global Environment Facility (GEF).

Programação 

Por meio de eventos lúdicos focados na educação ambiental, a programação ao longo da semana oferece opções virtuais e presenciais. Elas abordam políticas públicas executadas pela Sema por meio de suas subsecretarias e envolvem áreas como gestão de resíduos e de recursos hídricos, ambiental, territorial e de assuntos estratégicos e ainda combate a incêndios florestais. Órgãos vinculados à Sema, como Brasília Ambiental, Jardim Botânico de Brasília, Zoológico e Adasa, além de parceiros, terão programação no período.

Dia 11
Abertura da Semana do Cerrado, às 11h, no Riacho Fundo I, com demonstração do Programa de Recuperação de Nascentes. No mesmo dia, com horários diferentes, têm início as atividades do Projeto Trilhas nas Unidades de Conservação.

Ao todo, serão 50 ações, cada uma para dez inscritos, incluindo caminhadas, corridas de remo, passeios de bike e a cavalo, exposições, recepções de parceiros, canicross e oficinas em trilhas que atravessam o DF. A iniciativa é da Sema, da APA do Planalto Central, do Caminhos do Planalto Central-CPC e seus parceiros.

As trilhas serão em Taguatinga, Gama, Planaltina, Lago Oeste, Sobradinho, Jardim Botânico, Santa Maria, Lago Sul, Lago Norte, Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, região central de Brasília, Brazlândia e Riacho Fundo.

A exposição itinerante Nosso DF Através de Mapas será realizada no Parque de Águas Claras e no Centro de Práticas Sustentáveis do Brasília Ambiental, no Jardim Botânico. São seis mapas com temáticas ambientais de interesse da população, com informações encontradas no Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia)

De 11 a 18
O Parque de Águas Claras e o Centro de Práticas Sustentáveis do Brasília Ambiental, no Jardim Botânico, recebem a exposição itinerante Nosso DF Através de Mapas. São seis mapas com temáticas ambientais de interesse da população, com informações encontradas no Sisdia. O objetivo é despertar o interesse das pessoas para conhecer o portal eletrônico do Sisdia, mostrando que democratizar esse tipo de conhecimento é fundamental para a busca de dados oficiais e validados sobre o DF.

De 11 a 19
Já para os amantes de esportes ao ar livre, de 11 a 19, o projeto Trilhas nas Unidades de Conservação vai coordenar 50 atividades. Com o objetivo de envolver a sociedade com a natureza e promover a valorização do Cerrado, serão feitas 50 trilhas, cada uma com dez participantes, exceto as trilhas de bicicleta e cavalgada, com, no máximo, 15 inscritos cada. Os participantes vão receber máscara, álcool gel e garrafa de água. As inscrições estão sendo feitas nas páginas das redes sociais da Sema e do Caminhos do Planalto Central.

Dia 14
Será realizado o Webinário Clima para discutir ações e reflexões da Sema e vinculadas sobre o bioma. Serão debatidos os seguintes temas: De onde vêm os gases de efeito estufa no DF; Capacitação on-line para uso do Sisdia e Recomposição de vegetação nativa e implantação de SAFs mecanizados nas bacias dos rios Descoberto e Paranoá. O evento ocorre pela plataforma Zoom, de 9h às 12h30. As inscrições estarão disponíveis nesta sexta-feira (10).

Dia 15
Ocorre um plantio demonstrativo na orla do Lago Paranoá, no âmbito do projeto Regando Vidas, iniciativa de mobilização para sensibilizar escolas envolvidas, alunos e população do DF em geral, quanto à importância do plantio de mudas do cerrado para manutenção de mananciais e para mitigar os impactos das mudanças do clima.

O Lago Paranoá é o segundo maior manancial do DF, no qual representa 20% do reservatório de água. A Sema realiza dois projetos de preservação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) da Orla do Lago, que já resultam em 63 hectares plantados ao longo da Orla Sul e braço do Riacho Fundo, com mais de 33 mil mudas de espécies do cerrado.

Na Orla Sul e braço do Riacho Fundo, a iniciativa é financiada com recursos do Fundo Único do Meio Ambiente e parceria do Instituto Rede Terra, Brasília Ambiental e Jardim Zoológico. Na Orla Norte, o projeto está no âmbito do Acordo de Cooperação Recupera Cerrado, parceria entre Sema, Brasília Ambiental, Serviço Florestal Brasileiro e Fundação Banco do Brasil, que financia as ações. O Instituto Espinhaço é responsável pela execução das ações, que devem ter início no período de chuvas.

Dia 16
Webinário Cerrado reúne especialistas e gestores em torno dos temas Projeto Orla, Coleta seletiva em condomínios: como fazer?, Bate-papo: mulheres do fogo e Presença de capivaras na orla do Lago Paranoá. O evento será realizado pela plataforma Zoom, de 9h às 12h30. As inscrições estarão disponíveis nesta sexta-feira (10).

Dia 19
A realização de Trilhas pelos Caminhos do Planalto Central em parques e unidades de conservação encerra a programação.

Imagens

Também está sendo realizado o concurso fotográfico Eu amo Cerrado, voltado a estudantes do Projeto Parque Educador e comunidade em geral. O objetivo é valorizar o cerrado, realçando o amor e as belezas do bioma. E ainda promover educação ambiental por meio da fotografia de natureza para despertar o olhar para as riquezas do bioma, especialmente nas unidades de conservação do DF. O resultado será divulgado no dia 22.

Para participar, os interessados devem postar as fotografias no Instagram, marcando os perfis do Brasília Ambiental (@brasiliaambiental) e Sema (@semagovdf), com a hashtag #concursoeuamocerrado2021, para os participantes da categoria comunidade em geral, e #concursoeuamocerrado2021 e #parqueeducador, para os estudantes do Projeto Parque Educador.

Na descrição da foto deve ser informado o local em que a imagem foi feita, que pode ser em uma das seis unidades de conservação onde ocorre o projeto: Parque Ecológico Sucupira (Planaltina), Parque Ecológico Águas Claras, Parque Ecológico Três Meninas (Samambaia), Parque Ecológico Saburo Onoyama (Taguatinga), Parque Ecológico do Riacho Fundo e Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul).

Acesse aqui o edital

Restaurantes comunitários

“Todo mês, nós definimos um tema de Educação Alimentar e Nutricional para ser trabalhado com as equipes dos restaurantes. Neste mês, o foco é a alimentação do cerrado. A ideia é falar sobre a importância da preservação do cerrado na garantia da segurança alimentar e nutricional”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

Para o mês do Cerrado, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) preparou uma ação educativa nos 14 Restaurantes Comunitários para que os frequentadores conheçam mais sobre os frutos do cerrado. Quem vai fazer as refeições nas unidades tem a oportunidade de assistir a um vídeo curto mostrando as propriedades de algumas frutas, como murici, cajuí, guabiroba e dicas de receitas com frutos do cerrado, como o baru, araticum e mangaba.

Segundo a secretária Mayara Noronha Rocha, todos os servidores e funcionários das empresas que fornecem alimentação dos restaurantes comunitários também foram orientados a produzir murais com informações e curiosidades sobre os alimentos do cerrado.

“Todo mês, nós definimos um tema de Educação Alimentar e Nutricional para ser trabalhado com as equipes dos restaurantes. Neste mês, o foco é a alimentação do cerrado. A ideia é falar sobre a importância da preservação do cerrado na garantia da segurança alimentar e nutricional. São alimentos ricos em nutrientes que estão no nosso dia a dia. É promover o resgate da alimentação regional”, destaca a gestora.

*Com informações da agência Brasília  / Secretaria do Meio Ambiente do DF.