O deputado distrital Daniel de Castro (PP) ganhou protagonismo no cenário político do Distrito Federal após o Tribunal de Contas da União (TCU) acatar a representação apresentada por ele que aponta suposto desvio de finalidade e uso indevido de recursos públicos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para promoção pessoal de seu presidente, Ricardo Cappelli, que é pré-candidato ao Governo do Distrito Federal pelo PSB.
A área técnica do TCU se manifestou favoravelmente ao conhecimento da denúncia, reconhecendo que há elementos suficientes para que o caso avance na Corte de Contas. A representação questiona, principalmente, um contrato de publicidade estimado em R$ 8 milhões, que, segundo o parlamentar, pode ter sido utilizado de forma indevida para fortalecer a imagem pessoal e política de Cappelli.
Daniel de Castro no centro da fiscalização
Autor da representação, Daniel de Castro assume posição de destaque como fiscalizador do uso de recursos públicos, especialmente em um contexto sensível de pré-campanha eleitoral. Para o deputado, a atuação do TCU é essencial para garantir que a comunicação institucional de órgãos públicos não seja confundida com autopromoção política.
A iniciativa do parlamentar reforça o papel constitucional do Legislativo distrital no controle e na fiscalização dos atos da administração pública, ampliando o debate sobre ética, transparência e responsabilidade na gestão de recursos federais.
Defesa de Cappelli e embate político
Em resposta, Ricardo Cappelli negou qualquer irregularidade e afirmou que sua comunicação pessoal não possui vínculo com a ABDI. Segundo ele, a ampliação da presença do órgão nos meios de comunicação seria consequência direta do aumento das atividades institucionais da agência, amplamente divulgadas pela imprensa.
Cappelli também classificou a representação como um movimento político, afirmando que teria sido apresentada por um deputado ligado à base do governador Ibaneis Rocha e da vice-governadora Celina Leão, insinuando a existência de articulações para enfraquecê-lo no cenário eleitoral.
Próximos passos no TCU
Apesar de a área técnica do TCU ter opinado pelo indeferimento do pedido de suspensão imediata do contrato de publicidade, o parecer sugere que a ABDI seja formalmente notificada para apresentar esclarecimentos no prazo de 15 dias. O processo está sob relatoria do ministro Bruno Dantas, que deverá elaborar voto e levar o caso para apreciação do Plenário do Tribunal.
Repercussão e impacto político
O caso tem repercussão direta no ambiente político do Distrito Federal e amplia o debate sobre os limites da publicidade institucional em anos eleitorais. A atuação de Daniel de Castro neste episódio consolida seu nome como um dos parlamentares mais atuantes na fiscalização dos gastos públicos, enquanto a decisão final do TCU é aguardada com atenção por agentes políticos e pela sociedade.
Até a conclusão do julgamento, o processo seguirá em análise, mantendo em evidência a importância do controle externo e da transparência no uso do dinheiro público.
Fonte: Blog Olhar Digital








