Tecnologia solar dá novo salto com painel da Longi que ultrapassa limite teórico do silício

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A gigante chinesa Longi estabelece um novo marco histórico na eficiência de painéis solares, com uma célula tandem que atinge 34,85% de conversão de energia, superando os limites do silício e aproximando a energia solar de um novo patamar de desempenho.

A Longi, uma das maiores fabricantes de painéis solares do mundo, acaba de redefinir os limites da tecnologia fotovoltaica. A empresa chinesa alcançou a impressionante marca de 34,85% de eficiência em uma célula solar em tandem de dois terminais superando o recorde anterior de 34,6%, também de sua autoria. O feito foi certificado pelo Laboratório Nacional de Energias Renováveis (NREL), dos Estados Unidos, e confirma o domínio da China em inovação no setor de energia limpa.

Como funciona a célula solar em tandem?

Diferente dos painéis tradicionais baseados apenas em silício, a tecnologia em tandem combina dois materiais semicondutores distintos: uma camada superior de perovskita e uma inferior de silício cristalino. Essa combinação permite captar uma gama mais ampla do espectro solar, convertendo mais luz em eletricidade.

Mas o segredo vai além da simples junção de materiais. A Longi utilizou um processo inovador chamado passivação de interface bicamada, introduzindo duas substâncias cruciais:

  • Fluoreto de lítio (LiF): atua como uma barreira que minimiza perdas de carga elétrica.
  • Diiodeto de etilendiamônio (EDAI): preenche lacunas nanométricas entre as camadas, facilitando a extração eficiente de carga.

Design que impulsiona a eficiência

A empresa também aprimorou o design do silício na célula inferior. A superfície frontal foi tornada mais rugosa para melhorar a aderência da perovskita, enquanto a traseira manteve uma textura otimizada para captar melhor a luz infravermelha, contribuindo ainda mais para o aumento da eficiência total.

O impacto global desse avanço

Ultrapassar o limite teórico do silício, tradicionalmente considerado em torno de 33%, é um feito técnico e simbólico. Com esse novo recorde, a Longi não só se distancia da concorrência, mas também aproxima o setor de energia solar de uma nova era de painéis mais potentes e acessíveis, acelerando a transição energética mundial.

O feito coloca mais uma vez a China na vanguarda da revolução energética limpa e mostra que, com investimentos certos em pesquisa e desenvolvimento, o futuro pode ser mais sustentável  e mais eficiente.

Por Redação | Com informações de GreenVibe e NREL
18 de maio de 2025