Uma greve política e irresponsável. É assim que está sendo vista a paralisação dos professores do Distrito Federal, que renega à mesa de negociação com o governo, para trilhar pelo caminho mais fácil empatando o futuro de mais de 500 mil alunos da rede pública de ensino sem dá a mínima para suas famílias.
Mesmo com o GDF concedendo 18% a todas as categorias de servidores, linearmente, a mesa de negociação entre governo e categoria dos docentes do Distrito Federal, estar aberta para o diálogo como informou a secretária de Educação Hélvia Paranaguá.
No entanto, a turma do PT preferiu radicalizar, mesmo diante de um aumento duas vezes maior do que foi dado na última sexta-feira(28), pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, aos Servidores públicos federais: 9%.
A decisão de paralisar de um dos setores mais importantes para a sociedade brasiliense foi o caminho tomado pelo Sindicato dos Professores, sem se importar com os milhares de alunos da rede pública que ficarão fora das escolas sem data para retornar.
Claro que a valorização do professor é muito importante em qualquer país do mundo. Mas não pode ser por meio de uma greve, cuja corda só quebra para o lado mais fraco que são os estudantes pobres das periferias do DF e de seus familiares.
A maioria dessas famílias ainda continua em estado de vulnerabilidade, o que fez o GDF investir em ações sociais de combate a fome, com programas como o Prato Cheio para arrefecer os impactos provocados pela pandemia.
São nas escolas que mais de 500 mil alunos se socorrem diariamente com o reforço da alimentação que agora deixa de ser servida com a greve dos professores.
Como um pai ou uma mãe se sente ao sair para o trabalho sem que os filhos estejam em mãos seguras da escola? Só os mais necessitados tem a resposta certa. A greve impõe um prejuízo incalculável, onde o mais afetado é o objeto do principal de qualquer docente: o estudante.
O professor só existe porque existe o aluno cuja educação está garantida pela Constituição.
A greve em curso no DF, onde uma parte dos docentes enxerga apenas seus próprios umbigos, aumenta ainda mais as perdas acumuladas que jamais serão recuperadas por toda uma década.
O aumento escalonado de 18%, criticado por pelegos sindicalistas, é o mesmo que foi proposto e aceito pela categoria durante o governo petista de Agnelo Queiroz.
A diferença é que o governo petista não pagou e o governo Rollemberg, esnobou e ainda mandou a polícia meter a borracha nos professores em frente ao Buriti.
Coube o atual governo, pagar no mês passado, o calote de sete anos de mais de R$ 1, 5 bilhão, referente a terceira parcela do reajuste dos servidores públicos.
Ao todo, 150 mil pessoas foram beneficiadas.
E preciso ficar claro que a roda não gira apenas em torno de um segmento trabalhador, ou seja, de servidores públicos.
Se colocarmos na balança, mesmo achando que Brasília é uma cidade onde tem a maior quantidade de servidores públicos do país, no entanto, não pode pesar mais do que a maioria dos mais de 3 milhões de cidadãos brasilienses que paga impostos, igualmente, sem a garantia de emprego ou de plano de saúde, mas que precisa ser incluída, sim, no orçamento de todos.
Fonte: Notícia Cidades.