Um apagão de grandes proporções paralisou, nesta segunda-feira, vastas áreas de Portugal, Espanha e partes da França, afetando milhões de pessoas e desencadeando um estado de emergência em diversas regiões. O incidente, que começou por volta do meio-dia (horário local), deixou cidades inteiras sem energia elétrica, provocou o caos no transporte, interrompeu comunicações e gerou preocupação com serviços essenciais como hospitais e abastecimento de água.
Colapso em cadeia
Em Portugal, o blecaute impactou todo o território continental, atingindo severamente a rede de transportes públicos, semáforos e serviços de telefonia. Hospitais ativaram geradores de emergência para manter atividades críticas. Já nos aeroportos, como o de Lisboa e do Porto, operações ficaram limitadas, gerando atrasos e cancelamentos de voos.
A situação na Espanha foi ainda mais grave. A rede ferroviária nacional ficou completamente paralisada, afetando trens de alta velocidade e transporte metropolitano em cidades como Madri e Barcelona. O aeroporto de Barajas, em Madri, também foi atingido, e usinas nucleares foram automaticamente desconectadas da rede elétrica como medida de segurança. O serviço de internet e telecomunicações caiu para apenas 17% da capacidade normal, segundo dados preliminares.
O que causou o apagão?
As causas do apagão ainda estão sob investigação, mas os primeiros relatórios técnicos indicam que uma desconexão no sistema de interconexão elétrica entre Espanha e França foi o ponto inicial do colapso. A vice-presidente da Comissão Europeia, Teresa Ribera, afirmou que, até o momento, não há indícios de sabotagem ou ataque cibernético, e que tudo aponta para uma forte oscilação de fluxo elétrico na rede europeia como a principal causa.
Especialistas apontam que a crescente complexidade da matriz energética europeia, com forte dependência de fontes renováveis e interligações internacionais, pode ter amplificado o impacto do problema.
Reação rápida das autoridades
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e a ministra da Transição Ecológica, Sara Aagesen, se deslocaram para a sede da Red Eléctrica para acompanhar a situação. Em Portugal, o gabinete do primeiro-ministro Luís Montenegro também montou um centro de gestão de crise.
Governos ativaram planos de contingência, priorizando a restauração de energia para hospitais, sistemas de abastecimento de água e infraestruturas críticas. Algumas cidades começaram a ter o fornecimento de eletricidade parcialmente restabelecido no final da tarde.
Prejuízos e alertas futuros
O apagão desta segunda-feira gerou enormes prejuízos. Comércio, bancos, repartições públicas e serviços básicos interromperam o atendimento. Em Lisboa, a companhia de abastecimento de água EPAL alertou para a possibilidade de interrupções devido à falha energética.
Analistas alertam que este evento expõe a fragilidade das redes elétricas europeias frente a falhas técnicas e reforçam a necessidade de investimentos robustos em infraestrutura e segurança energética.
As autoridades pedem que a população mantenha a calma, evite deslocamentos desnecessários e siga as recomendações dos serviços de proteção civil enquanto os trabalhos de normalização seguem em ritmo acelerado.
Fonte: Blog Olhar Digital.