Centros de ensino especiais reabrem as portas

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Secretária de educação visita estudantes do CEE 2 de Ceilândia na retomada das aulas presenciais.

A última etapa do retorno presencial na rede púbica do DF acontece nesta segunda-feira (30) com a reabertura dos centros de ensino especiais, dos centros interescolares de línguas e da Escola de Música de Brasília (EMB). Ao todo, a rede pública tem 2.476 estudantes matriculados só nas escolas especiais, destinadas à aprendizagem de jovens com maiores graus de deficiência.

A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, finalizou esse ciclo com a recepção da comunidade escolar no Centro de Ensino Especial 2 de Ceilândia. Logo na entrada, professores receberam os estudantes com músicas de boas-vindas para deixar o momento ainda mais especial.

“As famílias realmente pediram essa retomada. Estamos fazendo todo o acompanhamento para que os estudantes e profissionais fiquem em segurança. Sabemos que é muito importante para os estudantes esse contato e os momentos de desenvolvimento dentro do ambiente escolar”, destaca Hélvia Paranaguá.

Também retornam às atividades presenciais, de forma escalonada, os 45 mil alunos atendidos nos centros interescolares de línguas. Na educação precoce são 3.176 estudantes. Já nas escolas parque, há 5.100 estudantes matriculados.

“Sabemos que é muito importante para os estudantes esse contato e os momentos de desenvolvimento dentro do ambiente escolar”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

O CEE 2 de Ceilândia atende 581 estudantes, que vão desde a estimulação precoce, com 1 ano de idade, até as demais atividades, com alunos adultos. “Aqui temos estudantes de 1 até 58 anos de idade. Nosso público é bem diverso e atendemos todos com muito carinho e disposição. Esse ciclo que se inicia é um momento muito bom e espero que continuemos a ser felizes aqui”, comenta Itamar Assenço, vice-diretor do CEE 2 de Ceilândia.

“Meu filho já acordou feliz hoje, porque voltaria a frequentar a escola presencialmente. Quando a gente passava na porta da escola, ele queria entrar”, conta Cristiane Mota. Ela é mãe do pequeno Levi. Hoje ele está com 4 anos, mas está no CEE 2 desde 1 ano idade, praticando as atividades da estimulação precoce.

Hoje também foi dia do estudante Cristiano, 36 anos, voltar ao convívio escolar. “Ele queria vir para escola. A gente via que ele precisava disso. Meu filho é muito bem tratado aqui”, elogia Vanusa Martins, mãe de Cristiano.

Experiências compartilhadas

Os estudantes do CEE 2 têm um acompanhamento físico, social e pedagógico com as atividades desenvolvidas no local. A escola se tornou referência de ensino para outras unidades do país. Professores da rede pública de Cocalzinho (GO) receberam informações do projeto Compartilhando Conhecimento e Experiência.

O objetivo é trocar conteúdos, pesquisas, dicas e outras informações entre os profissionais que atuam com educação especial e com a Educação de Jovens e Adultos Interventiva, uma interface da EJA para atendimento de estudantes com deficiência intelectual e autismo em defasagem escolar.

A escola também desenvolve ações que incluem a comunidade escolar. A equipe pedagógica da escola desenvolveu um programa chamado Leitura de Mundo, em que pais dos alunos têm acesso a cursos de capacitação. Oficinas de fabricação de alfajor, bombom e sabonete líquido mostram possibilidades para complementar a renda familiar.

Cristiane e Levi no primeiro dia de aula presencial. Levi está no CEE 2 desde 1 ano idade praticando as atividades da estimulação precoce | Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação

Biossegurança

Os pais e estudantes do CEE 2 receberam um kit com álcool em spray, álcool gel e máscara. Assim como nas demais unidades da rede pública, todos que entraram na escola fizeram o procedimento de aferição de temperatura e seguiram os demais protocolos de distanciamento social e reforço das informações sobre as ações de prevenção da covid-19.

Renata de Souza é mãe do estudante Vitor Hugo, de 3 anos, e relata que sentiu segurança com a volta às aulas presenciais. “Eu já tinha levado meus dois sobrinhos que estudam na rede pública e achei tudo bem organizado nas outras escolas. Hoje aqui também gostei”, contou.

“Nós continuamos com as atividades remotas que os professores passavam on-line, mas percebo que o desenvolvimento e a motivação são bem maiores com o encontro presencial”, conta Renata, que já recebe acompanhamento do filho no local desde 2019.

A escola também organizou uma entrada escalonada nos horários dos estudantes, para evitar aglomeração na entrada da unidade.

“Hoje concluímos a última etapa do retorno presencial às escolas da rede pública de ensino e nosso balanço é muito positivo. O recado que nós queremos deixar para a comunidade escolar é que se cuidem! A escola está preparada para recebê-los com todo o protocolo de biossegurança, mas o vírus está aí fora, então continuem usando máscara e utilizando álcool gel”, alerta a secretária de Educação.

*Com informações da  / Secretaria de Educação