“Até Quando?”: Deputada Doutora Jane se pronuncia contra brutal agressão a mulher e clama por combate firme à violência de gênero

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Uma cena devastadora, registrada por câmeras de segurança em um elevador no Rio Grande do Norte, escancarou novamente a face cruel da violência contra a mulher no Brasil. Um jogador profissional de basquete aparece desferindo mais de 60 socos em uma mulher indefesa, dentro de um espaço confinado, sem chance de fuga. O caso gerou revolta nas redes sociais, mas corre o risco de ser engolido pelo silêncio das estatísticas – algo que a Deputada Distrital Doutora Jane (DF) se recusa a aceitar.

Em um posicionamento firme e emocionante, a parlamentar questiona: “Até quando vamos assistir calados a essa brutalidade sendo naturalizada?”. Para ela, o episódio é mais do que um ato isolado: é o reflexo de uma cultura que ainda educa homens para agredir e mulheres para se calarem.

“Não podemos tratar esse caso como uma exceção. Ele é o retrato de uma cultura que julga a vítima, duvida da denúncia e hesita em proteger. Uma cultura que mata”, afirmou.

A deputada, que construiu sua história superando as barreiras da pobreza, da exclusão social e do machismo estrutural, reforça que sua trajetória política tem sido uma trincheira de resistência. Seu mandato tem sido marcado por ações concretas em defesa da mulher no Distrito Federal, com emendas destinadas ao acolhimento de vítimas, atendimento psicológico e fortalecimento da rede de proteção, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

No entanto, ela reconhece que ainda é pouco diante da gravidade dos números e da recorrência da violência. “Enquanto houver um elevador sendo usado como cativeiro de socos, estaremos falhando. Falhando como sociedade, como instituições, como seres humanos.”

Chamado à responsabilidade coletiva

A fala da parlamentar é também um recado direto às instituições: “É urgente que o esporte, a mídia, as entidades de justiça e todos os espaços de poder deixem claro que não há mais lugar para agressores em silêncio premiado.” O talento de um atleta não pode ser desculpa para a barbárie. A omissão institucional, segundo ela, é cumplicidade.

Doutora Jane cobra um novo posicionamento das lideranças públicas, especialmente homens em posição de poder, que muitas vezes silenciam diante de crimes como esse. O combate ao feminicídio e à violência doméstica exige políticas públicas efetivas, mas também coragem moral e política.

Mensagem às mulheres vítimas de violência

A deputada finaliza seu pronunciamento com um recado de acolhimento e esperança:

“Faço um apelo às mulheres que hoje sofrem em silêncio: vocês não estão sozinhas. Denunciem. Procurem ajuda.”

Para ela, cada agressão é também uma afronta à democracia, à dignidade e à vida. E enquanto for necessário, sua voz continuará ativa, “porque nós não aceitaremos isso caladas.”

Serviço de denúncia e acolhimento:

  • Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
  • Disque Denúncia – 197 (Polícia Civil)
  • Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs)
  • Rede de apoio local e abrigos sob sigilo

Que este caso não seja apenas mais um. Que seja o último.