A gigante do setor de chocolates Cacau Show está no centro de uma polêmica após denúncias de práticas abusivas dentro da empresa, envolvendo rituais considerados coercitivos, além de relatos de homofobia, gordofobia e assédio moral e sexual. A crise ganhou repercussão nacional após a publicação de reportagens pelo portal Metrópoles.
Funcionários e ex-funcionários relataram a realização de cerimônias dentro do ambiente de trabalho, conduzidas pelo próprio CEO e fundador, Alê Costa. A ausência nesses rituais seria interpretada como sinal de descompromisso, gerando perseguições internas. Um dos pontos mais controversos seria o incentivo à realização de tatuagens com a palavra “atitude”, iguais às do empresário, como parte simbólica de fidelidade à marca.
Além disso, uma denúncia formal apresentada ao Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta uma cultura corporativa marcada por medo, retaliações e discriminações. Entre as queixas estão humilhações públicas relacionadas ao corpo, ofensas direcionadas à comunidade LGBTQIA+ e assédio praticado por superiores hierárquicos, frequentemente ignorado pela alta direção.
Diante da repercussão, Alê Costa enviou uma carta aos colaboradores pedindo que “não se deixem levar por boatos”. No texto, o empresário afirma que a empresa foi construída “com base em confiança, seriedade e respeito”, e reforça o compromisso da Cacau Show com a ética e o impacto positivo do trabalho desenvolvido.
Mesmo com o posicionamento oficial, a repercussão das denúncias continua crescendo e deve intensificar a atuação dos órgãos fiscalizadores. O caso segue sob investigação do MPT.
Fonte: Blog Olhar Digital