Por: Dani Salomão.
O ciclo da violência é a forma como a agressão se manifesta nas relações abusivas. Ele é composto por três etapas: a fase da tensão (quando começam os momentos de raiva, insultos e ameaças, deixando o relacionamento instável), a fase da agressão (quando o agressor se descontrola e explode violentamente, liberando a tensão acumulada) e a fase da lua de mel (o agressor pede perdão e tenta mostrar arrependimento, prometendo mudar suas ações). Esse ciclo se repete, diminuindo o tempo entre as agressões e se torna sempre mais violento. Logo, essa mulher precisa de ajuda. Não é fácil romper um relacionamento de anos com quem se tem laços afetivos fortes. Mas, compreendam que quem ama cuida, quem ama não agride, o ciclo da violência pode ser mortal.
Conforme ressaltado anteriormente, a agressão física não é o início da violência, mas sim o seu fim. Isso porque, conforme observado, existem vários tipos de violência. No contexto conjugal, existe um ciclo de violência que é constantemente repetido e pelo qual muitas mulheres passam sem perceber sua nocividade.
Como identificar uma vítima de violência doméstica
Muitas mulheres têm dificuldades de identificar se o que estão passando é de fato uma relação de agressão. Sabendo como o ciclo acontece, é possível ter mais clareza sobre isso. Dá pra fazer um teste por aqui.
Na ocasião, Luciane revelou que Rondinele era ciumento e machista. O temperamento explosivo do homem foi motivo de várias discussões entre o casal. Em quase todas as brigas, ele fazia ameaças – dizia que a companheira seria morta caso ela procurasse a polícia. Por volta das 22h, Luciane insistiu em permanecer do lado de fora de casa e, por isso, foi enforcada e recebeu um forte soco no rosto, o que a deixou com um hematoma ao redor do olho.
Assustada e cansada de ser espancada, Luciane pediu medida protetiva. A Justiça determinou que o agressor deixasse a residência e não se aproximasse mais da vítima. No entanto, o casal, que tinha um filho de 10 anos, acabou se reconciliando, mas a rotina de brigas e espancamentos não cessou.
É necessário refletir sobre a violência contra as Mulheres e combatê-la em todos os sentidos. Não podemos nos calar diante de todo este mal.
O que é Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180?
O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.
O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Além do telefone, em quais canais é possível realizar denúncias?
Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
Só é possível buscar o serviço no Brasil?
É possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países no exterior.
Argentina – ligar para 0800 999 5500, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Bélgica – ligar para 0800 10055, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Espanha – ligar para 900 990 055, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Estados Unidos – São Francisco – ligar para 1800 745 5521, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
França – ligar para 0800 999 5500, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Guiana Francesa – ligar para 0800 99 5500, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Holanda – ligar para 0800 022 0655, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Inglaterra – ligar para 0800 89 0055, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Itália – ligar para 0800 172 211, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Luxemburgo – ligar para 0800 2 0055, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Noruega – ligar para 8001 9550, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Paraguai – ligar para 0085 5800, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Portugal – ligar para 800 800 550, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Suíça – ligar para 0800 55 5251, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Uruguai – ligar para 000 455, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Venezuela – ligar para 0800 100 1550, discar 1 e informar o número 61 3799-0180.
Fonte: Metrópoles/Blog Olhar Digital/Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).