COLUNA – DANI SALOMÃO | Matou a ex-mulher ( covarde ). Tomado pelo ódio ( uma perda ininestimáveis a família da vítima). Agressor, feminicida repudiamos a sua selvageria

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Em gravação feita por moradores testemunhas do crime, o acusado confesso que não aceitava de forma alguma a separação. O casal ficou junto 20 anos e teve duas filhas.

Em vídeo gravado momentos após o assassinato de Rosileia Pereira Freitas, 36 anos, o acusado do crime e ex-companheiro da vítima, Diego Nunes Freitas, 40, confessou que matou a mulher porque “estava tomado pelo ódio”.

Ele não aceitava a separação. A vítima levou mais de 30 facadas, o crime ocorreu este mês em Taguatinga. O assassinato ocorreu em frente à mãe de Rosileia, que tentou proteger a filha de todas as formas.

Quando uma mulher é assassinada por ser mulher, este ato chama-se feminícidio. Esse crime é um dos maiores problemas no Brasil e no mundo, e não pode ser ignorado. Enfrente esta violência e ofereça apoio às mulheres

Na gravação, feita por testemunhas do crime, Diego Freitas diz que viu a ex-companheira passar em frente à casa dele. “Eu fui tomado pelo ódio. Sou religioso. Não queria fazer esse tipo de coisa. Fui tomado pelo ódio de ser abandonado”, afirmou. O homem relatou, ainda, que já havia sido denunciado por agressão contra mulher. Na ocasião, a vítima teria sido a própria filha.

Veja o vídeo:

No vídeo, o homem também detalha que, ao ver Rosileia, pegou uma faca dentro de casa e seguiu atrás dela. “Saí correndo com a faca dentro do bolso. Falei com ela e a esfaqueei”, assumiu.

Em depoimento prestado a policiais da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), a mãe de Rosileia, Maria Helena Pereira Freitas, detalhou que, por volta das 16h, chegou de Formosa (GO), com a filha. Ela estava na calçada perto de casa quando Diego viu as duas. Segundo Maria Helena, nesse momento, o ex-genro correu na direção da ex-mulher e desferiu diversas facadas no pescoço e nas costas dela.

Não é fácil ser mulher, não é fácil sofrer preconceito, machismo, sexismo. Não é fácil ligar a TV, o computador ou abrir o jornal e ver que mais uma mulher morreu vítima de feminicídio. Não é fácil ser mulher. Por isso, vista sua força todos os dias e nunca se esqueça de lutar. Pequenas ações no dia a dia podem fazer a diferença para que isso não continue acontecendo com tanta frequência.

A mãe gritou para o acusado não fazer aquilo, mas ele só parou porque um morador da região bateu nele com uma barra de ferro. Segundo Maria Helena, a filha foi casada com Diego por 20 anos e, dessa relação, nasceram duas crianças.
Os gritos de Rosileia chamaram a atenção dos vizinhos. Uma moradora detalhou que estava deitada no quarto quando ouviu a movimentação. Inicialmente, achou que era uma criança. Porém, como os berros não cessaram, saiu para ver o que estava acontecendo.

A mulher narrou que viu Maria Helena batendo no homem com uma sombrinha, enquanto ele esfaqueava a moça caída ao chão. Detalhou que a vítima não tinha movimento algum e, mesmo com a mãe de Rosileia implorando, ele não parava.

Ainda segundo a testemunha, o agressor ficou em cima da vítima dizendo: “Você acabou com a minha vida”. Como a mãe não parava de bater no ex-genro, ele se levantou e foi para cima dela. Para não ser atingida, Maria Helena ficou dando voltas ao redor do corpo. A testemunha contou que se trancou em casa e ligou para a polícia.

Uma vizinha também confirmou que escutou muito barulho por volta das 16h30. Chegou a pensar que se tratava de uma festa, mas, quando olhou pelo portão, enxergou uma pessoa batendo em outra. Nesse momento, ela saiu de casa e se deparou com o rapaz esfaqueando a moça caída ao chão. Afirmou aos policiais que os golpes foram no pescoço e detalhou que viu a vítima agonizando.

Não solte a mão da sua vizinha, da sua irmã, da sua companheira, da sua colega. Não solte a mão da moça estranha da rua. Não solte a mão de nenhuma. Juntas nós somos mais fortes, juntas nós vamos conseguir enfrentar o feminicídio e todas as outras violências e agressões, físicas ou verbais, que enfrentamos todos os dias.

Segundo a mulher, o criminoso chegou a parar um pouco para “pegar um fôlego” e, depois, seguiu desferindo as facadas. Diante da situação, uma moradora chegou a ameaçar Diego com um pedaço de madeira.

Outro morador explicou que estava em casa quando, por volta das 16h30, “escutou uma gritaria na rua”. Ao abrir o portão, deparou-se com um rapaz por cima de uma mulher. Contou que ele a atacava com diversas facadas na altura do pescoço. A testemunha narrou que voltou para dentro de casa, pegou um ferro e foi para cima do homem.

Disse que, quando chegou perto do feminicida, Diego soltou a faca e falou: “Já matei”. O criminoso, ainda de acordo com o relato, acendeu um cigarro e ficou conversando com o morador até a chegada da Polícia Militar.

O crime ficou registrado por câmeras de segurança. Diego foi preso em flagrante e vai responder pelo crime de feminicídio, com pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Crime ocorrido ainda este mês.

Fonte: Metropoles / Blog Olhar Digital.