Combate a incêndio no Parque Nacional de Brasília chega ao quinto dia; 2,89 mil hectares foram queimados

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Chamas começaram no final da manhã de segunda-feira (5) e, segundo bombeiros, fogo está controlado, mas ainda não foi extinto. Nesta sexta-feira (9), 50 militares atuam no local.

Por Brenda Ortiz, g1 DF

O combate ao incêndio que atinge o Parque Nacional de Brasília, desde segunda-feira (5), chegou ao quinto dia nesta sexta (9). De acordo com a última atualização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as chamas já consumiram 2.890,65 hectares da reserva ambiental.

Nesta manhã, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) atua no local com uma equipe de 50 militares. Segundo a corporação, as chamas estão controladas, mas o fogo ainda não está extinto.

De acordo com uma nota do ICMBio divulgada nesta quinta-feira (8), há pequenos focos de incêndio isolados no parque, ilhados por vegetação queimada. “Três pontos em que o fogo voltou à ativa foram combatidos e ainda há três focos subterrâneos que estão sendo suprimidos”, diz o texto.

Segundo o tenente Mauro Coimbra, do CBMDF, o incêndio subterrâneo ocorre na matéria orgânica, no subsolo.

“Esse tipo de incêndio é de lenta propagação, porém de difícil combate. Nós temos que alagar toda a região onde há esse incêndio. Não temos ainda previsão do tempo que vai levar esse rescaldo, mas estamos aqui preparados para acompanhar todo esse desenrolar, e prontos para combater qualquer novo início de incêndio”, afirma.

Na última quarta-feira (7), os militares do Corpo de Bombeiros encontraram, em meio à área queimada, um lobo-guará “andando desorientado pelo local”. No entanto, no momento, a prioridade é a extinção do fogo, e o ICMBio diz que não tem registro de animais mortos ou resgatados.

Segundo o instituto, “animais atingidos por incêndios (com incineração total ou parcial do corpo) ocorrem somente em situações específicas (quando os animais ficam sem rota de fuga, em ‘ilhas’ cercadas por fogo), o que não foi o caso no incêndio no Parque Nacional de Brasília. Geralmente, os animais que ficam para trás são invertebrados ou animais lentos”.