A definição do Autismo teve início na primeira descrição dada por Leo Kanner, em 1943, no artigo Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo (Autistic disturbances of affective contact), na Revista Nervous Children, Nessa primeira publicação, Kanner (1943) ressalta que o sintoma fundamental, “o isolamento autístico”, estava presente na criança desde o início da vida sugerindo que se tratava então de um distúrbio inato.
Apesar de ser uma condição antiga, foi apenas em 1993 que o autismo passou a integrar à Classificação Internacional de Doenças da OMS (Organização Mundial de Saúde).
E, em 2013, o autismo passou a ser chamado de Transtorno do Espectro Autista, justamente devido à comprovação de que existem vários tipos de autismo A chegada do coronavírus lançou um desafio extra, aos pais e responsáveis que precisam desenvolver os trabalhos com as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os pais e a família tem um papel muito importante no desenvolvimento das capacidades dos seus filhos também, isto não sendo apenas uma relação de cobrança aos profissionais presentes nas escolas ou psicólogos, pois os pais ou responsáveis devem sempre procurar a evolução da criança e nunca somente a sua restrição, Classificando-a por vez como uma pessoa incapaz, do que pode fazer ou não.
Através da estimulação precoce na vida destas crianças, algo ali já passa a existir, formando o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas.
Após o diagnóstico
Assim que receberem o diagnóstico, os pais devem procurar os serviços especializados na área. E buscar sempre estar conversando com profissionais especializados e principalmente os profissionais voltados à área da psicologia.

Devido a pandemia causada pelo Novo Coronavirus grande parte das famílias encontram-se sem alternativas para complementar a rotina diária dos seus filhos/pequenos, que antes deste período de cuidados redobrados com a saúde tinham uma agenda cheia de atividades escolares e terapias presenciais entre muitas outras.
Desde já podemos justificam os parabéns aos profissionais que estão juntos a estas crianças, auxiliando também os pais para seguirem a evolução de cada comportamento dessas crianças.
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” O tempo vem a demonstra que muito pode ser feito por cada um deles, não precisamos de mais julgamentos, mais sim de pessoas que enxerguem o mundo que está também ao seu redor “. By Dani Salomão.
Rotina na pandemia
Esta falta de rotina pode refletir em instabilidade emocional e agressividade cada vez com mais frequência em crianças autistas. Aqui vamos ressaltar os principais exemplos de sinais que podem ser rastreados precocemente, e servir de alerta:
Dificuldade em sustentar contato visual enquanto é alimentado; Ausência de resposta clara ao ser chamado pelo nome (importante descartar hipótese de perda auditiva); Atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal (não apontar, não responder a sorrisos, demorar para balbuciar e falar, ou regressão de linguagem); Desconforto com afagos e ao ser pego no colo; Aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com determinados sons e barulhos, comportamentos repetitivos e estereotipados (enfileirar brinquedos, rodopiar em torno de si mesmo, balançar o corpo).
A família precisa de muito apoio e orientação em todo o processo, pois não é fácil a busca por tratamentos e aceitação do diagnóstico.

Do mesmo modo, aqui vamos ressaltar os tipos de autismo mais comuns e suas principais características.
1- Síndrome de Asperger
Se a Síndrome não for diagnosticada na infância, o adulto com Asperger poderá ter mais chances de desenvolver quadros depressivos e de ansiedade.
2- Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
Nesse caso, os sintomas são muito variáveis. Porém, de uma maneira geral o paciente apresentará: quantidade menor de comportamentos repetitivos; dificuldades com a interação social.
3- Transtorno Autista
Esse é o tipo “clássico” de autismo e que costuma ser diagnosticado de forma precoce, em geral antes dos 3 anos. Os principais sinais que indicam a condição são: falta de contato com os olhos;
comportamentos repetitivos como bater ou balançar as mãos; edificuldades em fazer pedidos usando a linguagem.
4- Transtorno Desintegrativo da Infância
Em geral, a criança apresenta um período normal de desenvolvimento, porém a partir dos 2 aos 4 anos de idade, ela passa a perder as habilidades intelectuais, linguísticas e sociais.
“As crianças especiais, assim como as aves, são diferentes em seus vôos. Todas, no entanto, são iguais em seu direito de voar.” Jesica Del Carmen Perez
Fonte:Coluna: Dani Salomão “Verdades com opinião”