A Secretaria de Educação promove nesta quarta-feira (27) uma webconferência para que o gênero discuta vivências e aspectos étnico-raciais e geracionais
Com o tema Mulheridades: identidades e representação social, a Secretaria de Educação vai realizar uma conferência via live, de acesso liberado às servidoras e à comunidade, nesta quarta-feira (27), às 19 horas.
Março é o mês das mulheres. Mas, este ano, com a suspensão das aulas, alguns eventos da pasta voltados ao público feminino acabaram não ocorrendo. A conferência, originalmente marcada para dia 26 de março, ganhou o formato do momento e vai acontecer agora.
“A ideia é promover um momento para dialogarmos acerca das diferentes vivências do ‘ser mulher’, por meio das vozes de diversas representatividades femininas que dão destaque à interseccionalidade e à pluralidade identitária. Para isso, considerando aspectos étnico-raciais, geracionais, a diversidade religiosa e, também, a posição profissional”, explica a gerente de Educação em Direitos Humanos e Diversidade (GDHD) e mediadora da webconferência, Aldenora Macedo.
A live vai apresentar o debate entre sete participantes. São servidoras da SEEDF e uma aluna da rede pública. Luiza Peres finalizou o Ensino Médio em 2019, no CEM 12 de Ceilândia, e vai relatar a experiência como adolescente e as observações da sua geração sobre o avanço do empoderamento feminino.
“Pretendo falar sobre a minha geração, como o cenário me afeta, como me sinto representada, cobrada ou influenciada socialmente por todas as mudanças. Acredito que o debate seja parte da iniciativa para ajudar gerações futuras. Não sei se viverei para ver as mulheres sendo tratadas com igualdade, mas é uma luta da qual quero fazer parte e ajudar as outras a percorrer este caminho”, conta a estudante de 18 anos.
Todas as pessoas interessadas vão poder acessar o link do Google Meet e participar da webconferência no dia 27. “Cada uma vai se manifestar do seu lugar de fala. Queremos manter o diálogo sobre os eixos transversais, previstos no currículo da Secretaria, que tratam também do empoderamento feminino e do combate ao machismo. Inclusive, ressaltando o aumento significativo da violência contra a mulher nesse período de isolamento e combate ao coronavírus”, complementa a gerente da GDHD.
Durante a transmissão da live, um formulário será enviado pelos comentários, com preenchimento de nome e e-mail, para que a área responsável possa encaminhar, posteriormente, uma declaração de participação.
O diretor de Educação do Campo, Direitos Humanos e Diversidade, Júlio César Moronari reconhece as mudanças históricas positivas, com a presença cada vez mais atuante das mulheres no mercado de trabalho. “Embora tenhamos heranças do patriarcado, as mulheres têm ocupado espaço nas estruturas sociais, abandonando o papel único de responsáveis pelos afazeres do lar, assumindo postos de trabalho e cargos importantes. Assim, deixam de ser submissas e ganham o protagonismo na sociedade”, afirma.
Além da estudante Luiza, vão participar da live a assessora especial da SEEDF Janaína Almeida e a professora Rita Silvana dos Santos, ambas representando as mulheres negras. A professora da UnB Tataiya Kokama, do povo Kokama, que assina o nome civil Altaci Corrêa Rubim, a servidora Sônia Pereira, cigana Romi Lovara; e Mãe Baiana, Yalorixá do Ilê Axé Oyá Bagan, também estarão presentes.
O debate vai contar ainda com a representante política, deputada distrital Julia Lucy Marques, autora da lei que instituiu a Semana Maria da Penha nas escolas.
A apresentação e mediação serão da gerente Aldenora Macedo, professora da SEEDF, doutoranda em educação e mestra em Direitos Humanos, pesquisadora na área de gênero; Rayssa Carnaúba, professora de história da SEEDF, mestra em educação e pesquisadora na área de gênero; e Isadora Freitas, professora mestra em biologia da SEEDF e pesquisadora de gêneros.
* Com informações da Secretaria de Educação