Em menos de dois anos, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) investiu mais de R$ 30 milhões na instalação de 687 pontos de encontro comunitário (PECs) no Distrito Federal. Somente em 2020, dez regiões administrativas ganharam novas estruturas destinadas à prática de exercícios ao ar livre. E vem mais por aí: já há planejamento para distribuir mais 16 equipamentos.
Os PECs foram criados para incentivar os exercícios físicos e serem espaços de convivência entre vizinhos. “Nosso objetivo é levar mais cidadania, bem-estar e o cuidado com a zeladoria das cidades para que as pessoas aproveitem estes espaços como faziam anos atrás”, comenta o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite.
Desde o início deste ano, novos PECs foram inaugurados no Gama, Itapoã, Paranoá, Park Way, Recanto das Emas, São Sebastião, Scia/Estrutural, Sol Nascente/Pôr do Sol, Sudoeste/Octogonal e Vicente Pires. Outros 16 conjuntos de aparelhos estão na fila de montagem. Em breve, chegarão ao Sol Nascente/Pôr do Sol (dois), São Sebastião (dois), Guará (cinco) e Samambaia (sete).
Os locais são indicados pelas administrações regionais, que recebem e registram demandas das comunidades via Ouvidoria ou protocoladas em cada unidade. Chefe da Divisão de Conservação e Reparos (Dicor), vinculada à Diretoria de Edificação da Novacap, Pedro Isaac conta que há duas atas de registro de preços vigentes para construção das bases para instalar os equipamentos.
“A Novacap licita, fiscaliza e executa. O local indicado pelas administrações deve ser área pública, com acessibilidade e sem intercorrência com redes de energia e água, por exemplo. Cada PEC completa custa entre R$ 50 e R$ 60 mil. São mais de R$ 30 milhões investidos. Geralmente, a verba usada é de emendas parlamentares de deputados que atuam nas regiões”, conta Pedro Isaac. Com tudo pronto, a média é de duas semanas para fazer a base de concreto e instalar os equipamentos.
Morador do Gama, o profissional de Educação Física André Carvalho tem o costume de usar os espaços. “É interessante ter a possibilidade de usar esses pontos ao ar livre para exercícios. Tenho alunos, principalmente idosos, que têm bom desenvolvimento nos PECs, que se baseiam na força do próprio corpo”, diz o professor de 36 anos. Por isso, ele defende a multiplicação desses pontos.
“A democratização do esporte nas regiões administrativas, uma das principais marcas da nossa gestão, passa pela ocupação de áreas públicas e abertas para a prática de exercícios físicos. E os pontos de encontro comunitários cumprem a função de ser uma alternativa gratuita e acessível para a população”, destaca a secretária de Esporte e Lazer, Celina Leão. Para ela, o GDF segue o caminho certo “para garantir saúde e bem-estar para todas as pessoas do DF”.
Planejamento para ampliação
No Guará, a administradora regional Luciane Quintana conta que os espaços são muito utilizados pela sociedade. “A instalação de novos PECs atende a pedidos pela ampliação da oferta desse tipo de mobiliário urbano”, afirma. Ela ainda ressalta que a prática de exercícios colabora para a saúde e muitos não têm acesso a academias pagas, o que reforça a importância dos pontos de encontro.
Em São Sebastião, a intenção é estimular ainda mais o uso dos espaços públicos por toda a família. É o que explica o administrador Alan Valim. “Além de ser demanda da comunidade, tomamos a decisão estratégica de instalar os PECs em locais com outros equipamentos. Assim, a gente consegue envolver todos os familiares”, explica o gestor.
“Para definir onde cada equipamento será implantado, primeiramente levantamos todas as solicitações recebidas. Depois, vistoriamos todos os equipamentos existentes. Após, todo planejamento é traçado de forma a atender o maior número de pessoas em cada localidade, além de contribuir para o lazer e qualidade de vida dos usuários”, conta Gustavo Aires, administrador regional de Samambaia.
Fonte: Agência Brasília.