‘Brasília não é só museu a céu aberto, é também uma academia a céu aberto’

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Reforma das 27 quadras poliesportivas do Parque da Cidade já está em fase de acabamento; piscina de ondas será entregue em julho.

A secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, aposta na reforma e na construção de equipamentos públicos para incentivar a prática esportiva na cidade. Uma das entregas mais aguardadas é a reforma do Parque da Cidade. A reforma das 27 quadras poliesportivas do local já está em fase de acabamento.

A secretária promete para o final do primeiro semestre deste ano a conclusão de um dos equipamentos públicos mais icônicos de Brasília, a piscina de ondas. A piscina faz parte de um complexo que contará também com rio lento (espaço com águas calmas no qual os usuários poderão passear em boias) e área kids.

Outra novidade destacada pela secretária é que desde o dia 17 de janeiro nove dos centros olímpicos e paralímpicos funcionam com a capacidade total. Os equipamentos estão localizados em Brazlândia, Estrutural, Recanto das Emas, Santa Maria, Gama, Planaltina, Samambaia, Riacho Fundo e São Sebastião.

Secretária, para começar essa entrevista, a senhora poderia falar como está o andamento da reforma do Parque da Cidade?

Acredito que no Parque da Cidade o esporte é muito mais que lazer. Quanto mais as pessoas procurarem estar ao ar livre, fazer uma atividade física, mais vai melhorar a qualidade de vida e contribuir para combater esse mal que é a pandemia. A nossa missão é tornar o parque mais acessível e agradável para a prática de atividade física.

O processo de reforma das 27 quadras poliesportivas já está sendo concluído. Os recursos são de uma parceria do Ministério da Cidadania com a Secretaria de Obras. A reforma contou com uma emenda no valor de R$ 6 milhões, da deputada Celina Leão. Vestiários e banheiros também estão sendo reformados. No momento, falta apenas a entrega das quadras de tênis.

E quanto à reforma da Piscina com Ondas?

O projeto já foi aprovado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação [Seduh]. Neste mês será feita a licitação da primeira etapa da obra. Serão três etapas: a reforma da Piscina com Ondas, a construção do rio lento e de um espaço kids. A meta é entregar no primeiro semestre a reforma da piscina, que representa 80% do total do complexo. No decorrer do ano será entregue o restante. Todo o projeto está orçado em R$ 22 milhões. Para a piscina, temos R$ 8 milhões. A Piscina com Ondas é um espaço democrático que vai atrair o turismo para a cidade. Se formos fazer um comparativo, os Jogos Escolares que aconteceram aqui em 2021 deixaram mais de R$ 12 milhões para a economia do DF.

E com relação à prática esportiva, quem quiser praticar esporte na cidade conta com que equipamentos?

O Governo do Distrito Federal não mede esforços para melhorar a prática esportiva. Estamos adequando o Parque da Cidade e fomentando modalidades esportivas. Procuramos democratizar o esporte em todas as regiões administrativas. Vamos entregar dez campos sintéticos. Nós fizemos aqui o primeiro campeonato brasiliense de queimada, no Sesi de Samambaia. Queremos incentivar todas as modalidades esportivas por acreditar que o esporte é investimento e não gasto.

As inscrições estão abertas, no site da Secretaria de Esporte e Lazer, para as entidades interessadas em ganhar uniformes esportivos e chuteiras

Os projetos sociais serão incrementados com a distribuição de chuteiras e material poliesportivo para crianças e adolescentes?

Esse é um projeto da ex-secretária Celina Leão, que o criou para incentivar quem quer fazer esporte e não tem o material necessário. Dar uma bola para uma criança é um investimento. Enquanto a pessoa estiver praticando esporte, não procurará outros caminhos, como por exemplo, o da marginalidade ou das drogas. Eu estava em Planaltina com o governador Ibaneis, entregando um campo de grama sintética, e havia crianças jogando descalças, daí surgiu a ideia de dar as chuteiras também.

Como são feitas as entregas desses materiais?

Os materiais esportivos são entregues por meio das entidades sociais, que por sua vez são apresentadas pelas administrações. Para a entrega de uniformes esportivos e chuteiras é feito um chamamento público e as entidades interessadas podem se inscrever em nosso site. No momento, as inscrições estão abertas para quem quiser participar.

Giselle: “Nossa missão é tornar o parque mais acessível e agradável para a prática de atividade física”| Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A secretaria fez parceria com o Sesi para oferecer atividade física?

Sim. Pela primeira vez, fizemos parceria com o Sistema S. O Sesi de Taguatinga vai oferecer 1.500 vagas para que a comunidade da região faça atividade física. Também foi fechada uma parceria com o Sesi de Sobradinho para oferecer natação à comunidade no Centro Olímpico da cidade.

E os centros olímpicos, qual o projeto para eles em 2022?

A capacidade das vagas nos centros olímpicos está sendo duplicada. Estamos fazendo reformas e, pela primeira vez, o pedido de acesso é on-line. Mas quem não tiver acesso à internet pode comparecer a um centro olímpico para se matricular em alguma das atividades físicas oferecidas. Além dos centros olímpicos, contamos agora com esta parceria com as unidades do Sesi de Taguatinga e de Sobradinho.

Brasília tem hoje 616 quilômetros de ciclovias. Para este ano, a meta é aumentar 130 quilômetros. Não haverá mais desculpa para não praticar esportes aqui

E a formação de atletas e paratletas de alto nível, como está?

No plano de trabalho dos centros olímpicos está a formação de atletas e paratletas. Foi de um desses equipamentos que saiu o Kawan, finalista de saltos ornamentais nas Olimpíadas de Tóquio. Ele treinou no Centro Olímpico do Gama. Também tivemos o Wendel, ganhador das medalhas de ouro, prata e bronze nos 50 metros livre na Paralimpíada de Tóquio.

Os atletas contam, ainda, com o programa Compete, que oferece transporte aéreo e terrestre para que eles viajem para disputar competições. No ano passado, a secretaria concedeu 1.233 passagens aéreas e terrestres para atletas e paratletas de alto rendimento. Também temos o Bolsa Atleta. O investimento foi de R$ 3,3 milhões em 2021. Queremos contemplar todas as modalidades.

O Bolsa Atleta já atendeu quantos atletas aqui no DF?

O programa Bolsa Atleta contemplou 238 esportistas locais em 2021, totalizando um investimento de R$ 2,2 milhões.

Quais são os projetos para 2022, ano da Copa do Mundo?

Temos o Candangão, que começa em janeiro. Estamos fomentando o futebol de base. Também estamos buscando trazer para Brasília grandes eventos nacionais e internacionais. Duas competições importantes que acontecerão este ano em Brasília são o Campeonato Sul-Americano de Vôlei e o Brasil Open de Tênis.

E como está o projeto de fomentar o ciclismo na cidade?

Brasília tem hoje 616 quilômetros de ciclovias. Para este ano, a meta é aumentar 130 quilômetros. Não haverá mais desculpa para não praticar esportes aqui.

Fonte: Agência Brasília.