Não foi apenas o anúncio de um decreto que restringe os horários de funcionamento de bares e restaurastes a partir de ontem (01/12), que o governador Ibaneis Rocha focou para conter a ameaça de uma segunda onda da Covid 19 no Distrito Federal.
O chefe do Executivo determinou a realização de um inquérito epidemiológico do novo coronavírus Sars-CoV-2 em todas as 33 regiões administrativas do DF. A medida é inédita no Brasil.
Ao mesmo tempo que Ibaneis anunciava medida de restrição do horário de bares e restaurante, servidores de diversas áreas da Secretaria de Saúde e profissionais do Serviço Social do Comércio (Sesc), estavam sendo treinados para o combate da segunda onda da doença.
Eles estão sendo capacitados para aplicação da testagem e coleta de dados, atividade que se estenderá por todo o DF até o próximo dia 20 de dezembro.
Nos últimos dias, o governador tem se dirigido à população do Distrito Federal fazendo apelo para que juntos possam se prepararem para uma possível segunda onda da covid.
O governador sabe o que diz e o que faz.
Só vamos ter menos infectados nos hospitais e menos óbitos, se a população se conscientizar que as medidas de segurança, contra a doença, são de estrema importância”, diz o governador
Os que são contra ao decreto apenas ajudam abarrotarem os hospitais de infectados e de óbitos.
Ibaneis foi o primeiro governador entre os outros chefes de governos, das unidades da federação, a tomar as medidas de isolamento social para o combate ao coronavírus, quando o primeiro caso surgiu no DF, trazido por uma brasiliense que passava ferias na Europa.
Por decretos, suspendeu de imediato as aulas presenciais, em 11 de março, quando havia apenas uma pessoa infectada na capital.
Foi também o primeiro a restringir o comércio às atividades essenciais. Antes mesmo de ocorrer no mês de julho, a chamada “curva da doença” no DF, o governador determinou a montagem de hospitais de campanha, como o do Mané Garrincha, com 170 leitos, bombas de infusão, desfibriladores e aparelhos de raio-X portáteis.
Ele liberou recursos suficientes para manter os investimentos em patamar positivo na pasta da Saúde, os quais foram distribuídos entre nomeações, pagamentos a servidores e ampliação de carga horária, entre outras ações.
No período mais crítico da pandemia, entre março a agosto desse ano, a Saúde nomeou 1.063 servidores efetivos, aprovados em concursos públicos, dos quais 823 médicos.
Também houve nomeação de temporários: foram convocados 857 profissionais em regime provisório, dos quais 322 foram admitidos.
Esse número contemplou 19 médicos, 61 enfermeiros, 199 técnicos de enfermagem e 42 psicólogos, contratados para reforçar o tratamento à Covid-19.
A grande responsabilidade de Ibaneis Rocha é com a saúde da população, mesmo sabendo que não pode fazer isso sozinho.
Daí os apelos feitos do governador pedindo ajuda da população brasiliense para o enfrentamento à doença. O decreto estabelecido por ele nesta terça-feira (01), que restringe horários de bares restaurantes, desagradou o segmento que mais sentiu com a pandemia.
O presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Joel Silva, alega: “as pessoas não aguentam mais ficar em casa”.
No entanto, o mesmo sindicalista Joel Silva, tem consciência que ninguém quer ficar como um moribundo no leito de um hospital ou como mais um número na estatística do obituário da Covid-19.
Ibaneis sabe o que faz.
Fonte: RADARDF.