Homeschooling aprovado no DF, saiba o que muda para os adeptos do ensino em casa

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Por Dani Salomão.

Projeto passou pela CLDF e, como se trata de iniciativa do próprio Palácio do Buriti, não deverá ser vetado pelo governador Ibaneis Rocha.

Aprovado na Câmara Legislativa do DF (CLDF), o projeto de lei que regulamenta o ensino domiciliar (homeschooling em inglês) vai dar legalidade a um modelo de educação já muito praticado na cidade. Apesar de encontrar resistência de algumas entidades, a proposição deve ser sancionada nos próximos dias pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), uma vez que o Palácio do Buriti é o autor da matéria.

Vinícius Reis, diretor de relações institucionais da Associação Nacional de Educação Domiciliar, é pai de três crianças, de 12, 10 e 7 anos, e adepto ao sistema de aprendizado fora da escola. Ele explica as razões que o levaram a fazer a escolha: “Tem uma transversalidade maior; todos já dominam muito bem a leitura e falam português e inglês”, comenta.

Todo o conteúdo é ministrado por ele e pela esposa. O que será ensinado e o modo, normalmente, é discutido com outros pais defensores do método. “São grupos que se reúnem e veem a melhor forma de se fazer. É uma cooperação, seguimos o mesmo programa curricular”, diz.

Vinícius vê com bons olhos a aprovação do homeschooling no DF. Segundo ele, a medida traz segurança aos pais que, atualmente, têm de recorrer a provas de supletivos ou do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) a fim de provar que os rebentos concluíram todas etapas de conhecimento. “Nosso receio apenas é burocratizar demais, ter muitas exigências, mas, sem dúvidas, é um avanço”, destaca.

Como irá funcionar

Segundo o projeto aprovado na CLDF, as famílias educadoras deverão ser cadastradas pela Secretaria de Educação do DF. A pasta manterá uma lista com os estudantes.

O aprendizado será monitorado por uma instituição de ensino pública ou privada e haverá avaliação regular. As famílias terão de comprovar aptidão educacional para ministrar as aulas ou contratar um profissional. Em ambos os casos, será necessária a aprovação e o monitoramento de uma instituição de ensino credenciada.

A Secretaria de Educação deverá disponibilizar serviço de consultoria, digital ou presencial, aos pais ou responsáveis para tirar dúvidas quanto aos conteúdos programáticos e avaliações. Neste caso, a pasta arcará com benefícios como o vale-transporte aos profissionais.

Outra família que adotou o ensino domiciliar foi a da autônoma Lígia Badauy. Ela conheceu a proposta de ensino há 10 anos e passou a considerar tal opção com os próprios filhos, que têm 9, 8 e 4 anos, além dos gêmeos com 2 anos. “O mais velho chegou a ir para escola bem pequeno e, quando ele chegou aos 7, a gente decidiu fazer essa experimentação”, comenta.

Segundo ela, o garoto se adaptou muito bem e, hoje, não pensa em voltar à escola tradicional. “O mais velho é homeschooler convicto. O outro não se adaptou, voltou para a escola, mas a pandemia acabou forçando o estudo em casa. Agora, ele já está entrando no ritmo”, afirma Lígia.

O currículo é um pouco diferente do tradicional. Conforme explica, a matemática é inspirada no método de Singapura, já história segue uma ordem cronológica. “O mais importante somos nós, os pais, desenvolvermos uma ligação com o aprendizado. Dessa forma, os filhos conseguem assimilar mais”, diz.

Para ela, a evolução dos filhos é visível. Eles são curiosos, têm mais tempo para brincar e podem fazer outras atividades. Apesar das vantagens, ela reconhece que poucas famílias conseguem seguir o método. “No nosso caso, o pai trabalha sete horas corridas e eu sou autônoma, então, temos mais tempo de ajudar os filhos”, pondera.

Conforme defende a Associação de Pais e Alunos do DF (Aspa-DF), o projeto é um avanço na educação. “Somos a favor da autonomia e liberdade das famílias de decidirem se querem de um jeito ou de outro”, comenta Alexandre Veloso, presidente da entidade.

Segundo ele, é preciso que os responsáveis tenham ciência de que os estudantes não passarão de ano em qualquer situação. “A família terá que mostrar aptidão e acompanhamento da Secretaria de Educação”, diz.

O Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF), por meio de nota, se diz radicalmente contra a aprovação da lei. “A proposta tende, mais uma vez, beneficiar uma pequena parcela da população que integra o grupo economicamente privilegiado. Ao mesmo tempo, a iniciativa vai ao encontro do desmantelamento da educação pública, da valcherização do ensino e da expansão do mercado educacional e sua oferta de produtos e serviços”, destaca.

Prorrogação dos contratos dos Professores temporários do Distrito Federal.

” Em um passado próximo, assim como na aprovação pela Câmara Legislativa do Distrito Federal do projeto de lei a favor dos contratos dos professores temporários do Distrito Federal o (SINPRO-DF) não veio a se manifestar diretamente em favor destes profissionais da educação em caráter temporário , o sindicato se manteve aos olhos de todos sempre a favor da maioria contra a prorrogação dos profissionais de classe. As falas neste período não seguiram um ponto de defesa ao pequeno número de pessoas que também possuem sua representação expressiva diante de qualquer circunstância. Na política somos representados pela minoria escolhida pela grande massa. Temos 1 Presidente do Brasil e 1 governador por cada estado, então temos aqui o mínimo de pessoas que representam muitas.

No mesmo caso citado, diz a lenda que ou louros todos querem colher quando não mas existe chance de se abster diante dos inegáveis fatos e avanços para uma significativa vitória da qual muitos são contra e outros surgem a dizer que sempre foram a favor de tal mérito, antes isso nunca lembrado, não existindo nada em suas cartilhas ou livros de história ou propagandas favoráveis à mesma luta. Uma classe distintamente esquecida por muitos anos, hoje ela passou a existir por sua demonstração de força junto a pessoas que acreditam em suas capacidades e direito a vida diante desta pandemia.

Em nosso Brasil. O professor temporário nunca foi o problema, mas sim a solução. By Dani Salomão.

Fonte: Metrópoles / Blog Olhar Digital.