quarta-feira, novembro 6, 2024
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Moro não é Joice / Joice não é Moro: ser ou não ser onde esta minha razão

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Por Ricardo Noronha

O que tem em comum Moro e a Deputada Joice Hasselmann?

Nunca imaginei que um dia me veria diante de um computador para escrever essas linhas que agora o faço. Às vezes a gente se esbarra em determinadas situações e quando menos percebe, desaba! Eu e milhões de brasileiros nos sentimos de luto.

Joice Hasselmann

Começo falando de Joice Hasselmann. A jornalista ganhou fama na TV Band e depois nos seus comentários apimentados na TV Veja, pela internet. Teve passagem pelo SBT de Curitiba, emissora do grupo empresarial do apresentador Ratinho.

Em 2015 vieram às manifestações pró-Impeachment de Dilma Rousseff, do PT. Em muitas dessas manifestações Joice esteve presente, defendendo mudanças e o combate à corrupção.

Com a cassação de Dilma Rousseff, em 2016, Joice Hasselmann aproveitou a onda das manifestações nas avenidas do Brasil, em cima dos trios elétricos, tomando gosto pela política. É bem verdade que outros “líderes (…)” oriundos desses movimentos de rua fizeram o mesmo, aproveitando a multidão reunida nas ruas para se promover e, consequentemente, se eleger a algum cargo. Uns estavam desempregados, outros aposentados e de repente surgiram nos palanques como “Salvadores da Pátria”. Em alguns casos fizeram do povo uma escada, massa de manobra, transformaram manifestações anticorrupção em verdadeiros palanques políticos. Lembro-me que algumas dessas “lideranças de araque” seguravam o microfone com uma mão e na outra o celular, transmitindo seus “discursos” para as redes sociais. Transformaram atos de manifesto popular em CIRCO. E o “povo” foi junto, infelizmente!

Joice gostava de mostrar nas redes sociais que estava nas manifestações. O exemplo dela foi seguido por outras candidatas que transmitiam seus “discursos” pelo facebook.

Essas pessoas foram eleitas e assumiram os seus mandatos em fevereiro de 2019. O que mudou de lá até aqui? Nada! O resultado que vemos é esse lenga-lenga do blá, blá, blá, principalmente nas redes sociais! Trocaram o plenário da Câmara dos Deputados pelos palanques virtuais do Twitter, Facebook, Instagram, WhatsApp, entre outros. O “assunto” é o de sempre: Enquanto uns acusam, outros se defendem. PROJETOS em defesa do Brasil, da geração de empregos e renda, melhor esquecer.

Joice Hasselmann, Deputada Federal eleita pelo PSL de São Paulo obteve 1.078.666 votos e deve agradecer a onda bolsonarista, pois até então quem puxava votos no PSL era Jair Bolsonaro. Muitos deputados eleitos devem seus mandatos a Jair Bolsonaro. Joice, Carla Zambelli, Kim Kataguiri, Bia Kices, entre tantos outros pelo Brasil afora.

Joice Hasselmann feliz da vida ao lado de Jair Bolsonaro

Joice, tão logo assumiu o mandato de Deputada Federal ganhou a liderança do governo no Congresso Nacional. Seu discurso afiado trazia DEUS no Céu e Bolsonaro na terra. Era Bolsonaro a sua referência no combate a corrupção e ao famoso jeitinho “toma lá, dá cá”. ERA, até Joice perder o “cargo” de líder do governo Congresso Nacional.

Joice não esperava ser “defenestrada” da liderança de governo perdendo importante posição política estratégica para o relacionamento com o Palácio do Planalto. Bolsonaro deixou de ser sua referência pessoal e política para se transformar num gangster, bandido, incompetente e frouxo, segundo ela. Mudou de comportamento num piscar de olhos, do “VINHO para a ÁGUA, suja”. Fez o caminho inverso da operação. Neste caso não adianta colocar a culpa nos filhos de Bolsonaro. Cuspir no prato que comeu é feio.

Sérgio Moro

Sérgio Moro não é Joice! Apesar do laço de amizade que os une não são iguais. Ou são?

Por ele o Brasil e o Mundo se curvaram após o extraordinário serviço prestado na Operação Lava Jato, combatendo sem trégua a corrupção, tempo em que Sergio Moro dirigia a 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Foi através de suas sentenças “muito bem fundamentadas” que Sérgio Moro levou para a cadeia uma centena de corruptos, incluindo figurões da velha, da nova política e empresários poderosos. Sérgio Moro foi implacável em suas sentenças e ganhou admiradores nas ruas e nos Tribunais Superiores. Transformou-se em referência Nacional e Internacional no combate a corrupção. Ganhou prêmio e reconhecimento internacional.

Estampar o cartaz de Sérgio Moro dava orgulho ao povo brasileiro

Em 2015 o Movimento Limpa Brasil mandou imprimir milhares de adesivos com o slogan: “Seja mais 1 Moro”. Muita gente vestiu a camiseta do Limpa Brasil, colocou adesivos nos carros e carregou cartazes, faixas e bandeiras em homenagem ao Juiz Sérgio Moro pela sua ilibada condução da Operação Lava Jato.

Quando Sérgio Moro resolveu trocar a carreira da magistratura pela política muita gente torceu o nariz considerando o ato inoportuno, precipitado. Moro poderia esperar mais um pouco, continuar em Curitiba comandando a Lava Jato e esperar o momento certo para ser nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal. Moro atravessou o carro na frente dos bois, literalmente. Chegou até a “atropelar” alguns inocentes animais.

O povo vestiu a camisa do Limpa Brasil na esperança de ter Sérgio Moro no STF

Sérgio Moro deixa a Magistratura

Juiz Federal Sérgio Moro ouviu Lula para fundamentar sua decisão e levá-lo para a cadeia

Porque largar uma carreira vitoriosa e em ascensão para enveredar na Política? Moro jogou tudo para os ares e não colocou na balança a dificuldade de conviver com Bolsonaro e seus filhos. Não seria tarefa fácil para ninguém, principalmente para quem estava acostumado a comandar, a decidir, a sentenciar. Mesmo assim Sérgio Moro resolveu dar uma guinada na vida profissional e desembarcou em Brasília como Ministro da Justiça e Segurança Nacional. No inicio da jornada muitos sorrisos, pois era tratado como “superministério”. Mas depois…

Solenidade de Lançamento do Projeto em Frente Brasil.
A alegria de Bolsonaro não encontrou respaldo ao lado de Sérgio Moro

A Diferença entre Bolsonaro e a velha Política

Jair Messias Bolsonaro foi eleito porque é diferente dos outros políticos, não é do tipo que aceita “tapinhas nas costas” nem aceita o famigerado toma lá, dá cá, práticas corriqueiras de políticos que passaram pelo poder e outros que são eliminados pelos eleitores a cada eleição. Seu jeito duro no posicionamento e nas respostas não pode ser motivo de estranheza, pois quem o conhece sabe do “jeito” de agir do Capitão.

Joice não é Moro. Moro não é Joice

Sérgio Moro, a grande Decepção!

Não pega bem para um magistrado reconhecido internacionalmente ter conduta parecida com a deputada Joice Hasselmann que após perder o cargo de liderança no Congresso saiu atirando para todos os lados, cuspindo no prato que comeu. Moro foi Juiz Federal e goza do respeito e da confiança da população Brasileira e até no exterior!

Passar 16 meses comendo no mesmo prato e depois sair atirando a esmo não é postura digna de quem tem a biografia de Sérgio Moro. Se as acusações dirigidas ao presidente Bolsonaro são verdadeiras, porque esperou 16 meses para denunciar? O Juiz Moro cometeu crime de prevaricação? Não acredito!

A verdade é que a política não lhe fez bem. Acostumado no exercício do Juizado Federal, Sérgio Moro jogou pelos ares toda a sua trajetória na magistratura e foi trabalhar justamente com quem não gosta de ser mandado. Acredito até que Sérgio Moro pensou em se demitir na primeira intriga, mas resolveu seguir adiante, contrariando a sua formação jurídica. Usou o “fumus boni juris” para ganhar espaço na grande mídia, em programas de alcance nacional, o que lhe causou imensa “ciumeira palaciana”. Então resolveu aplicar o “periculum in mora”, atrasado.

Sérgio Moro se despede do Governo Bolsonaro e dá fim ao sonho de se tornar Ministro do STF

Governo tem hierarquia. Ou você obedece ao comandante ou está fora do jogo. É simples assim e não tem espaço para choradeira. Bolsonaro é militar, conhece bem as regras e se por acaso esquecer o General Heleno o faz lembrar. Não tem mistério: “É assim ou deixa de ser”!

Perde o Brasil. Perdemos todos nós que acreditamos em heróis vivos, em contos de fadas. Infelizmente!

Fonte: Ricardo Noronha é jornalista editor do SOS BRASÍLIA e Fundador do Movimento Limpa Brasil (facebook.com/movimentolimpabrasil).

Muitos pensamentos, muitas teorias, muitas vontades, mais nenhuma noção da importância sobre a realidade obtida e agora tão vaga ao mundo para ser transmitida.

O coringa em um jogo as vezes pode ser a única carta já fora do baralho, pois a escolha sempre será da maioria jogando-o.

Trecho acima por: Eduardo Magregor.