“Não houve racismo”, diz delegada sobre morte de homem negro no Carrefour

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Laudo médico preliminar aponta asfixia como “causa provável” da morte de João Alberto, 40 anos, espancado por seguranças do mercado.

A Delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, responsável pela investigação sobre a morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, negro, morto após ser espancado na noite dessa quinta-feira (19/11) por dois seguranças em frente a um supermercado Carrefour, em Porto Alegre, disse que o crime não pode ser considerado, até o momento, como racismo.

*Imagem: Mulher aparentemente filma as agressões. Reprodução/Redes Sociais.

“Até o presente momento não há nenhum indicativo de que tenha alguma conotação racista. O inquérito policial se iniciou hoje. Nós temos vários dias para apurar esse fato, de forma bem ampla, podendo, nesse período, vir à tona algo nesse sentido ou não. O racismo é um outro fato criminoso completamente diferente do que aconteceu aqui. Não tem nada a ver”, afirmou Bertoldo, em entrevista ao Metrópoles.

*Imagem: João Beto caído no chão após as agressões. Reprodução/Redes Sociais.

A confusão teria se iniciado no interior do supermercado. Os seguranças foram chamados para retirar João Alberto do interior da loja e levá-lo ao estacionamento. O cliente acabou espancado até a morte. Análises iniciais do exame de necropsia apontam para asfixia como causa mortis mais provável. A conclusão do Instituto-Geral de Perícias não é definitiva.

Os dois seguranças, identificados como Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, foram autuados por homicídio qualificado. Um deles é policial militar temporário (cargo constitucionalmente ilegal) e o outro é segurança do Carrefour. “As circunstâncias estão sendo analisadas no sentido de apurar a responsabilidade de cada uma das pessoas do supermercado que estavam presente no momento em que os seguranças agrediram o homem”, conta a delegada.

Fonte: Metrópoles.