Programação enoturística no coração de Brasília

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Com assistência técnica da Emater-DF, propriedade familiar agregou turismo à vitivinicultura para gerar sustentabilidade.

O ortopedista aposentado Odelmo de Gregório (82), em 2010, cultivava parreiras de uva de mesa numa propriedade da família, localizada em Planaltina. O gosto pelo cultivo o fez se cadastrar na Emater-DF para receber orientações técnicas e aprimorar o plantio. Um tempo depois, trocou Planaltina pelo Núcleo Rural Jerivá, no Lago Norte. Para o novo imóvel, com dois hectares de área total, levou algumas mudas da uva Isabel e plantou videiras usando a técnica de latada ou pergolado, comum no Rio Grande do Sul.

Desde abril de 2021, o filho e arquiteto Marcos Henrique Ritter de Gregório, 41 anos, assumiu a plantação de uva e se encantou pela vitivinicultura. Na propriedade, já eram plantadas diferentes castas vindas do Rio Grande do Sul, das quais a Syrah, Cabernet Sauvignon e a Merlot foram as que se desenvolveram melhor, sendo que é o único cultivo de Merlot em todo o DF. Logo que assumiu o controle da propriedade, recebeu a proposta de vender toda a produção para a Vinícola Brasília. Foi um sinal da qualidade da uva produzida no local.

“Como a propriedade é pequena em termos de escala, temos de buscar alternativas para deixá-la sustentável. Os custos que envolvem a vitivinicultura são elevados. Recentemente, foi feito um investimento na produção de um rótulo e, em setembro, devemos envasar algumas garrafas de vinho fino”Marcos Henrique de Gregório, vitivinicultor

Na nova jornada, após avaliar o potencial da propriedade, que fica no coração Brasília e com uma vista privilegiada para o Lago Paranoá, fundou o Vinhedo Lacustre. Visando dar sustentabilidade ao negócio, firmou parceria com o enólogo de Bento Gonçalves, Carlos Sanabria, e, juntos, estão oferecendo uma programação voltada para experiências enoturísticas.

“Como a propriedade é pequena em termos de escala, temos de buscar alternativas para deixá-la sustentável, como pequenos eventos e visitações. Os custos que envolvem a vitivinicultura são elevados, naturalmente. Recentemente, foi feito um investimento na produção de um rótulo e, em setembro, devemos envasar algumas garrafas de vinho fino”, declarou Marcos Henrique.