Secretaria de Saúde: O caminho da vacina até chegar ao braço do brasiliense

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Assim que chegam ao DF, doses são conferidas e distribuídas proporcionalmente para cada Região de Saúde.

Quem chega a um dos 54 pontos de vacinação contra a Covid-19, no Distrito Federal, talvez nem imagine que, antes desse momento, existe planejamento e processo para viabilizar a aplicação da vacina na população.

Assim que a remessa das doses chega ao DF – geralmente transportada por avião -, a carga é enviada do aeroporto para a Rede de Frio Central, localizada no Parque de Apoio da Secretaria de Saúde. Ao chegar ao local, uma equipe de 24 servidores recebe as vacinas e inicia a conferência.

O processo é feito no menor espaço de tempo possível para que, muito em breve, as doses estejam disponíveis nos locais de vacinação.

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF.

Na madrugada da última sexta-feira (23), o DF recebeu 46.550 doses das vacinas CoronaVac e AstraZeneca. Às 2h, o carregamento chegou à Rede de Frio e foi para o setor de triagem para conferência. Às 3h, enquanto parte da equipe armazenava as vacinas na câmara fria, a chefe do núcleo de rede de frio central, Tereza Luiza, produzia o relatório do estoque e planejava a distribuição das doses a partir das 7h daquele dia.

Tereza Luiza conferindo as doses da vacina CoronaVac que chegaram na última semana ao DF – Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF.

“Assim que a vacina chega, inspecionamos a carga e conferimos a temperatura e quantidade de doses recebidas e, só então, damos o aceite na nota. Posteriormente as Regiões de Saúde entram com os pedidos de acordo com suas necessidades para que a Rede de Frio Central envie doses. Então, emitimos os pedidos e separamos as doses para envio aos núcleos regionais”, explica Tereza Luiza, que atua há oito anos na gestão da Rede de Frio.

Veja o vídeo mostrando todo o processo:

Finalizada essa etapa, as vacinas já estão prontas para distribuição aos núcleos regionais. Às 6h, a outra equipe da Rede de Frio chega para dar continuidade ao processo e abrir, ainda naquele dia, o primeiro dia da vacinação para o público com 62 e 63 anos.

Essa etapa consiste em dar andamento à programação que, anteriormente, a chefe do núcleo fez durante a madrugada e dividir as doses para as regiões. Para isso, caixas térmicas foram preparadas para armazenar as vacinas – cada uma identificada com o nome da região de saúde e se é destinada para D1 ou D2. Finalizando esse processo, é hora de transportar as vacinas. Às 7h40, os veículos saíram da Rede de Frio para as regiões sob escolta da Polícia Militar.

Vacinas já acondicionadas nas caixas térmicas e prontas para envio às Regiões de Saúde – Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF.

Em alguns pontos, a vacinação foi liberada às 9h30 devido à fila de idosos que se formava aguardando a vacina.

A hora da vacinação.

Após todo o processo, a vacina está pronta para ser aplicada na população elegível em cada etapa – Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF.

Diariamente, os pontos de vacinação são abastecidos para iniciar as atividades com um quantitativo estratégico de doses para D1 e D2. Filas se formam de maneira organizada para que cada um possa ser vacinado o mais rapidamente possível. Quem participa do processo afirma ser gratificante, como é o caso da enfermeira Angélica, que atua no ponto de vacinação do Parque da Cidade. A profissional destaca que “o importante é que trabalhemos em conjunto para levar a vacinação para quem mais precisa”.

A vacinação contra a Covid-19 aproxima-se do quarto mês com mais de 424 mil pessoas vacinadas com a primeira dose e quase 246 mil com o reforço. Ainda há um longo trabalho pela frente, afinal, ainda há muitas doses de vacinas a serem recebidas no DF para vacinar uma população de 2.309.944 habitantes elegíveis para a vacinação. Atualmente, a cobertura vacinal é de 18,39% com a primeira dose e 10,66% com a segunda dose. A cobertura vacinal considera a população-alvo da vacinação, que são pessoas com mais de 18 anos.

Fonte: Secretaria de Saúde.