Selvageria. Alunos cercam e espancam estudante próximo a escola no DF

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Estudantes do Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga Sul, protagonizaram episódios de selvageria ao cercarem e espancarem um aluno da instituição, na saída da escola. Um grupo de pelo menos 10 adolescentes agrediram a vítima, de 15 anos, por ser considerado “playboyzinho” e “se achar bom no futebol”. O motivo banal que motivou a surra foi revelado pelos próprios agressores.

O rapaz e dois amigos, alvos da agressão registrada em vídeo por outros alunos, já haviam sido ameaçados pelo grupo, apelidado no Cemab de “bonde”. Segundo a mãe do adolescente espancado, de 40 anos, o filho contou que os agressores passaram a encará-lo. “Meu filho tem uma amiga em comum com integrantes desse bando, e ela havia se relacionado com um deles. No entanto, após se separarem, ela passou a namorar um amigo do meu filho, e isso pode ter motivado uma crise de ciúmes”, contou.

De acordo com a mãe, um dos estudantes se aproximou do adolescente e ameaçou. “E aí, desgraçado?! Está me encarando por que? Vamos pro X-1 e resolver na saída”, teria provocado. “X-1” é a gíria usada por estudantes para uma briga no estilo “mano a mano”. Naquele dia, o “bonde” foi liberado às 16h30 e o adolescente apenas por volta de 18h. “Meu filho achou que todos já teriam ido embora e saiu. Mas estavam de tocaia esperando por ele”, contou.

Veja as imagens de aluno sendo cercado e agredido:

Troca de socos

Quando passou pelo portão da escola, acreditando estar seguro, o aluno foi cercado pelo bonde, que começou as agressões. “Meu filho contou que teve tempo apenas de proteger a cabeça, mas o ataque foi covarde e brutal. Outro amigo dele que tentou defendê-lo também acabou agredido”, desabafou a mãe.

O espancamento cessou apenas quando uma funcionária da escola ouviu a gritaria e chamou o vice-diretor da instituição. As vítimas acabaram sendo levadas para dentro da escola enquanto o “bonde” formado por alunos que moram em Vicente Pires, fugiram do local. “Eu acredito que, naquele dia, todos já foram para a escola com o objetivo de bater no meu filho, por isso vários estavam usando capuzes, para dificultar a identificação pelas câmeras de seguranças instaladas nas proximidades”, explicou.

Ela ainda afirmou que o filho chegou em casa com escoriações no rosto, no pulso e na boca. “As autoridades precisam apurar as brigas que ocorrem de forma rotineira na frente de algumas escolas em Taguatinga. Por sorte, meu filho não sofreu nada mais grave”, ressaltou.

A mãe pretende registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta segunda-feira (29/8).