Traficante comparsa de André do Rap entra com habeas corpus no STF

0
669
Advogada de defesa de Gilcimar de Abreu afirma que situação do condenado é semelhante à do traficante solto após decisão de Marco Aurélio.

Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, decidir pela soltura de André do Rap, a defesa de um outro traficante entrou com pedido de habeas corpus. Trata-se de Gilcimar de Abreu, conhecido como Poocker.

Poocker já foi condenado em 2ª instância pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), assim como o traficante André do Rap. Ambos estão em prisão preventiva, uma vez que a pena só é executada após o trânsito em julgado.

Comparsa de André do Rap, Pooker foi condenado no mesmo processo e sentenciado a oito anos e dois meses em regime inicial fechado.

LEIA TAMBÉM:

“Traficantes devem ficar presos”, diz Mendonça após soltura de líder do PCC.

Flamengo: Galhardo coloca Everton Ribeiro entre os melhores jogadores do Brasil.

André do Rap foi solto por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desse sábado (10/10).

O alvará de soltura do traficante foi assinado por Marco Aurélio na sexta (9/10), mas André só deixou o presídio, onde estava desde setembro de 2019, na manhã desse sábado. Ele seguiu de carro de Presidente Venceslau, no interior paulista, rumo a Maringá. De lá, a polícia acredita que ele tenha embarcado em um jato particular e voado rumo à Bolívia ou ao Paraguai.

Homem livre

Os serviços de inteligência chegaram a fazer o monitoramento remoto, mas não puderam segui-lo porque ele era considerado um homem livre a partir da concessão do habeas corpus. Na decisão não foi estabelecida obrigatoriedade de monitoramento por tornozeleira eletrônica, por exemplo.

O traficante se comprometeu a permanecer no endereço informado e prestar informações à Justiça sempre que solicitado, mas não cumpriu o acordo e está foragido.

Poucas horas depois de o traficante pisar fora da penitenciária, o presidente do STF, Luiz Fux, acolheu pedido do Ministério Público e derrubou a decisão do colega, mas, a essa altura, o líder do PCC já estava em local incerto e passou a ser considerado foragido.

Fonte: Metropoles.